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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

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The Soldier

Um dos atores portugueses com maior projeção internacional é, sem dúvida, Joaquim de Almeida.

 

Foi ele quem começou a desbravar o terreno necessário à construção de uma carreira internacional de sucesso, mostrando a uma nova geração, cujos melhores exemplos são Daniela Ruah, Diogo Morgado, Benedita Pereira ou Victória Guerra, que era possível vingar no mercado Americano.

 

Mas tudo isto começou com um pequeno papel num filme de ação de 1982 pouco conhecido, sobre as consequências da corrida ao armamento do início da década de 80 do século XX.

 

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The Soldier – O Soldado, 1982, de John Glickenhaus, com Ken Wahl, Alberta Watson, Jeremiah Sullivan, William Prince, Joaquim de Almeida, Peter Hooten, Steve James, Alexander Spencer, Klaus Kinski.

 

O argumento, também da responsabilidade do realizador, é algo intrincado e tem lugar num mundo super militarizado e de posições estratégicas extremadas, muito antes da queda do Muro de Berlin.

 

A história do filme conta que um grupo de operacionais russos ao serviço do KGB, rouba plutónio americano para fazer uma bomba nuclear, com o objetivo de fazer explodir um campo de petróleo na Arábia Saudita, e assim inviabilizar 50% das reservas de petróleo mundiais.

 

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The Soldier - Ken Wahl 

 

Com este ato pretendem pressionar Israel a retirar da Cisjordânia, para tal contam com a pressão Americana devido a necessidade do petróleo Saudita.

 

Obviamente que, para além do KGB, também estão envolvidos a CIA e a Mossad, na tentativa de resolução do problema, mais propriamente uma equipa de black-opps liderado pelo The Soldier (Ken Wahl) que trabalha em conjunto com altos oficiais da Mossad.

 

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Joaquim de Almeida é um dos quatro operacionais da equipa do The Soldier, todos eles nunca nos revelam os seus nomes.

 

Outro nome facilmente reconhecível do elenco é Klaus Kinski, ator de ascendência polaca com grande notoriedade no cinema europeu e americano na segunda metade do século XX, mas que aqui não teve grandes hipóteses par brilhar.

 

Este é um daqueles filmes de série B, onde os protagonistas não são exatamente os atores, mas sim o evento em que eles se veem envolvidos, uma técnica popular neste tipo de filmes.

 

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Esta situação é comprovada pela inexistência de personalização da história, ou seja, poucas personagens tem nome e, nenhuma revela ter algo pessoal que contribua para o plot principal.

 

Na generalidade o filme é mediano, apesar de um orçamento algo generoso para um filme de série B, que lhe permitiu filmagens em New York, Niagara Falls, Philadelphia, Berlim, Tirol (Áustria) e Jerusalém.

 

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A narrativa parece ter sido trabalhada ao estilo de uma aventura de James Bond, com as devidas diferenças, sendo que uma das cenas de perseguição em esquis na neve, é algo semelhante a uma que aparece em For Your Eyes Only de 1981.

 

Apesar de algumas falhas notórias no argumento, é um filme divertido de se ver, que nos deixa com um sorriso na cara. Além disso, é engraçado ver um Joaquim de Almeida com meia dúzia de deixas e muito novinho.

 

Classificação SMN: 6/10.

 

 

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