Ray Donovan - Temporada 1
Alargando o nosso espectro de atuação, o Sessão da Meia Noite terminou recentemente de ver a primeira temporada de Ray Donovan.
Ray Donovan – Temporada 1, 2013, de Ann Biderman, com Liev Schreiber, Paula Malcomson, Eddie Marsan, Dash Mihok, Steve Bauer, Katherine Moenning, Pooch Hall, Kerris Dorsey, Devon Bagby, Jon Voight, Elliot Gould, Peter Jacobson.
Esta série do canal Showtime, retrata a vida de um “fixer” – Ray Donovan, que colabora com uma poderosa firma de advogados – Goldman & Drexler, para resolver todas as situações embaraçosas dos seus clientes ricos e poderosos.
É uma série dramática de crime e polícia, que bateu recordes de audiência nas primeiras semanas de exibição, tendo o seu episódio piloto (exibido a 30 de junho de 2013) batido todos os recordes de espectadores de produtos do canal.
A primeira temporada conta com 12 episódios, e permite-nos conhecer os métodos de trabalho de Ray na resolução dos “problemas”, assim como conhecer aqueles problemas que ele não consegue resolver, essencialmente os relacionados com a sua família.
Originário de South Boston, Ray mudou-se para a Califórnia, onde vive com a mulher Abby (Paula Malcomson) e os dois filhos: Bridget (Kerris Dorsey) e Connor (Devon Bagby) num subúrbio rico.
Além da sua atividade normal, da qual a família não tem grande conhecimento, Ray vê-se confrontado frequentemente com os problemas dos seus irmãos Terry (Eddie Marsan) e Bunchy (Dash Mihok), agravados com a presença do pai Mickey (Jon Voight), recentemente libertado da prisão.
A família de Ray, com fortes raízes irlandesas, vive emboscada pelas atividades de Ray, e por muitos traumas do passado, relacionados com um pai ausente, a morte da irmã (Bridget) e o abuso infantil por membros da igreja católica.
Num ambiente de traumas reprimidos e ódios familiares, os Donovan vão sobrevivendo aos problemas entre eles, com o FBI, e com os clientes ricos e mimados que trabalham com Ray, num carrossel de emoções que nos vai prendendo à história, à espera do desenlace final.
Os argumentos dos episódios são bem construídos, e casam bem com a linha condutora da história principal que acaba por ser a vida de Ray.
Os episódios finais desta temporada apresentam-nos como bónus um James Woods ainda em excelente forma, como um assassino procurado pelo FBI – Sully, que tem um ódio de morte pelos Donovan.
Curiosamente, o episódio 12 não deixa muitas pontas soltas na história, parecendo que, quando foi concluído não haveria ainda a certeza da renovação para a segunda temporada.
Apesar disso, a história é rica em possibilidades de desenvolvimentos e, como nesta altura a série já vai na quarta temporada, só podemos esperar mais qualidade nas temporadas seguintes.
Por cá, Ray Donovan passou na SIC, na TVSéries, e está disponível no Netflix (3 primeiras temporadas). Tem um público-alvo claro que são os apreciadores de séries policiais, mas aqui numa perspetiva diferente, onde por vezes os maus ganham.
No campo das interpretações, há que destacar os envolvimentos de Liev Schreiber, Paula Malcomson e Jon Voight que ganhou um Globo de Ouro, em 2014, pelo seu Mickey Donovan.
No Sessão da Meia Noite apreciámos esta primeira temporada e ficámos com elevadas espectativas nos desenvolvimentos futuros da história.