La La Land
Um dos filmes de 2016, maior vencedor dos Óscares de 2017, foi um musical que o Sessão da Meia Noite teve finalmente a oportunidade de ver e aqui deixar os seus comentários.
La La Land - Melodia de Amor, 2017, de Damien Chazelle, com Ryan Gosling, Emma Stone, John Legend, Rosemarie DeWitt, Finn Wittrock, Jessica Rothe, Sonoya Mizuno, Callie Hernandez, J.K. Simmons, Tom Everett Scott, Meagen Fay, Damon Gupton, Jason Fuchs, Josh Pence.
Este filme conta-nos a história de Mia, uma empregada de mesa, aspirante a atriz famosa (Emma Stone), que conhece Sebastian um músico de jazz que vai vivendo fazendo festas de aniversário e cocktails (Ryan Gosling), com o sonho de, um dia, ter o seu próprio clube da jazz.
Sendo isto um musical romântico, os dois acabam por se envolver, partilhando as dificuldades do crescimento das suas carreiras, apoiando-se, e tentando ajudar-se nos momentos de desespero e dificuldades.
Contudo, as dificuldades na relação começam a aparecer à medida que vai sendo evidente que os objetivos de ambos são muito diferentes, e difíceis de compatibilizar pelo casal.
O argumento, também da responsabilidade de Damien Chazelle, mostra-nos o percurso de vida dos nossos dois protagonistas, até um ponto onde ambos se reencontram, anos mais tarde, e onde reanalisam o que poderia ter sido a sua vida em comum.
A realização juntamente com as prestações dos dois protagonistas, são irrepreensíveis e, a sua qualidade, permite-nos perceber as agruras do crescimento profissional num meio extremamente competitivo e exigente, e como os objetivos profissionais podem ser incompatibilizados com os pessoais, destruindo uma relação.
Pessoalmente, não somos grandes apreciadores de filmes musicais mas, podemos dizer que este é um daqueles filmes que vai crescendo em nós após a sua visualização, sendo que, acaba por ser uma experiência muito agradável e interessante.
Damien Chazelle, sendo baterista, tem uma especial predileção pelos filmes musicais, tendo já mostrado os seus créditos no oscarizado Whiplash - Nos Limites (2014) e, neste caso, essa relação é por demais evidente, sendo que a música utilizada acaba por ser parte integrante de cada um dos personagens.
De mencionar também a cinematografia que nos apresenta uma palete de cor muito anos 80, colorindo o musical de um conjunto de cores vivas reforçando os objetivos da cada protagonista, através da fotografia.
Em suma, no Sessão da Meia Noite apreciámos muito este filme, não tanto como a crítica generalizada que o colocou nos píncaros mas, como um boa história de amor, contada de um modo muito competente, onde a música e a cor são componentes essenciais para o seu sucesso.
Classificação SMN: 7/10