How To Get Away With Murder - Temporada 1
Nos últimos tempos, no Sessão da Meia Noite, temos privilegiado as séries em detrimento dos filmes. Isto resultou numa acumulação de temporadas de séries vistas mas ainda não comentadas.
A partir deste post iremos tentar colocar os comentários em dia.
Assim, iniciaremos com uma série que de início parecia ser de advogados mas que, no final, se revelou num thriller de mistério, onde a advocacia é somente o fio condutor da história.
How To Get Away With Murder - Como Defender um Assassino - Temporada 1, 2014, de Peter Nowalk, com Viola Davies, Billy Brown, Alfred Enoch, Jack Falahee, Katie Findlay, Aja Naomi King, Matt McGorry, Karla Souza, Charlie Weber, Liza Weil, Tom Verica, Megan West, Conrad Ricamora, Alysia Reiner, Arjun Gupta, Marcia Gay Arden, Tamlyn Tomita, Ana Ortiz, Elizabeth Perkins.
A série começa inocentemente, com o desenhar do contexto, na Universidade de Middleton, onde a professora de direito Annalise Keating (Viola Davis), inicia mais um primeiro ano da sua aula de direito, ou como ela lhe gosta de chamar "How To Get Away With Murder".
Esta referência resulta da larga experiência de Annalise como advogada de defesa no seu escritório de advocacia.
De entre os alunos da sua aula, Annalise escolheu os cinco melhores para trabalharem com a sua equipa, acompanhando os casos reais do seu escritório, onde também trabalham Frank Delfino (Charlie Weber) e Bonnie Winterbottom (Liza Weil).
Os cinco escolhidos são Wes Gibbons (Alfred Enoch), Connor Walsh (Jack Falahee), Michaela Pratt (Aja Naomi King), Asher Millstone (Matt McGorry) e Laurel Castillo (Karla Souza), ganhando a alcunha The Keating 5.
Com o cenário de fundo montado, percebemos que a história se desenvolve em dois tempos diferentes, em flashback e flashforward, tendo como mecanismo da história dois elementos principais: o encobrimento do assassinato do marido de Annalise – Sam Keating (Tom Verica) cometido por alguém no escritório de Annalise, e o assassinato de Lila Stangard que era amante de Sam Keating.
Os primeiros nove episódios vão alternado entre os tempos das duas sub-histórias, convergindo para um ponto comum, onde percebemos que os dois ramos fazem parte duma mesma árvore, cujo tronco comum é sempre Annalise.
Numa criação carregada de suspense, este thriller é passado tanto nas salas dos tribunais como fora delas, sendo aí que vamos encontrando as principais pérolas que nos vão permitir perceber o intricado do argumento.
Viola Davis dá vida a uma excelente Annalise, uma advogada muito profissional, por vezes com comportamento pouco ético, mas altamente competente, e uma pessoa com um passado muito complicado, traumático e com uma forte dependência de vodka.
Os restantes atores, que dão suporte à personagem de Viola Davis, revelam-se altamente competentes, criando um conjunto muito homogéneo onde a qualidade transparece facilmente.
Esta série é mais uma das criações da poderosa produtora Shonda Rhimes – Shondaland, também responsável por “Anatomia de Grey” e “Scandal”, e a qualidade do trabalho é comprovada pelos prémios que esta primeira temporada conseguiu vencer, desde Screen Actors Guild Awards a Primetime Emmys.
Os meandros do argumento, ainda que algo explicados no final da temporada, e a qualidade das interpretações, cativaram-nos nesta primeira temporada e deixaram-nos com o interesse redobrado para a segunda.
Classificação SMN: 9/10.