Ashby
Um dos muitos atores mais mal amados é Hollywood é Mickey Rourke. Com um enorme talento para a representação, e igual predileção por boxe e operações plásticas, é um ator muito apreciado pelo Sessão da Meia Noite.
Assim, decidimos ver uma das suas quatro referências de performances em 2015.
Ashby, 2015, de Tony McNamara, com Nat Wolff, Mickey Rourke, Emma Roberts, Sarah Silverman, Adam Aalderks, Michael Lerner, Audrey Reid Couch, Kevin Dunn, Zachary Knighton, Steve Coulter, John Enos III.
Este filme é uma mistura de comédia romântica, filme de adolescentes, e alguns momentos de ação.
Nat Wolff é Ed Wallis, um jovem adolescente geek, que trava amizade com o seu vizinho do lado Ashby Holt (Mickey Rourke), um homem estranho que se revela ser um agente secreto na reforma.
Os dois vão construindo uma amizade forte, cimentada pelo facto de Ed viver sem uma figura paternal, uma vez que este atravessa uma adolescência algo problemática.
Este filme junta as necessidades e incertezas da adolescência, com o desejo de vingança de um agente secreto que, tardiamente percebeu que foi usado pelos seus superiores para benefício económico próprio.
Mickey Rourke percebe-se que está longe do seu auge, contudo, consegue sempre incutir nas suas personagens aquele toque especial que faz a diferença, mesmo num filme mediano como é este.
De mencionar também as boas interpretações de Ed Wallis, Emma Roberts (filha de Eric Roberts e sobrinha de Julia Roberts) e Sarah Silverman, que é uma comediante com um excelente registo dramático.
O realizador Tony McNamara denota algumas dores do crescimento e a inexperiência, uma vez que este é somente a sua segunda experiência de realização - o primeiro foi uma comédia de adolescentes.
Algumas personagens poderiam ter tido um tratamento mais completo no argumento, tal como o próprio Ashby, cuja influência em Ed parece algo forçada, e Eloise (Emma Roberts) que se perde numa relação romântica que parece ser inconsequente.
No final, este filme é uma agradável experiência no campo dos filmes de adolescentes, e é sempre interessante ver Mickey Rourke fazer com facilidade aquilo que a outros custa tanto.
Classificação SMN: 6/10.