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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

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The Christmas Chronicles

Uma outra proposta feita pelo Netflix para o Natal de 2018, estreou no dia 22 de novembro e arrisca tornar-se um clássico instantâneo.

 

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The Christmas Chronicles - Crónicas de Natal, 2018, de Clay Kaytis, com Kurt Russell, Darby Camp, Judah Lewis, Oliver Hudson, Kimberly Williams-Paisley, Tony Nappo, Lamome Morris, Martin Roach, Vella Lovell, Lauren Collins, Steve Van Zandt, Goldie Hawn.

 

Crónicas de Natal, é um filme de aventura, comédia e cheio de fantasia, que escapa ao cliché dos filmes românticos de Natal, colocando-se ao nível de Scrooged - SOS Fantasmas (1988) de Richard Donner, ou A Christmas Carol - Um Conto de Natal (2009) de Robert Zemeckis, na reafirmação do verdadeiro espírito do Natal.

 

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O argumento apresenta-nos a história de dois irmãos Kate (Darby Camp) e Teddy (Judah Lewis) que, incrédulos com a realidade do conceito natalício, planeiam apanhar o Pai Natal em flagrante.

 

No meio das suas atividades de "vigilância" acabam por danificar o seu trenó e, assim, vão ter de o ajudar a entregar os presentes e salvar o Natal.

 

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O filme começa com flashbacks dos Natais passados da família Pierce, todos registados em vídeo, mas os preparativos de 2018 não contam com  Doug Pierce, pai de Kate e Teddy, pois este faleceu no cumprimento do dever.

 

Teddy Pierce tem uma grande revolta que o leva a tomar más decisões, a caminho da delinquência juvenil, saindo com “amigos” para beber e roubar carros.

 

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Kate, talvez devido a ser mais nova, tenta por tudo que as tradições se mantenham, suportando uma noção de normalidade, mas sempre denotando alguma tristeza pela ausência e revolta do seu irmão.

 

Temos também, Claire (Kimberly Williams-Paisey), uma mãe desesperada por não saber o que fazer em relação aos filhos, ao mesmo tempo que tenta suplantar a dor da perda do marido.

 

Kate mantém a tradição do pai, e nesta altura do ano anda sempre a filmar (vemos aqui uma maquina com cassetes de vídeo, algo que em 2018 já não se usa).

 

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A véspera de Natal será apenas ela e o irmão pois a mãe foi chamada de urgência para o hospital. Assim, determinada em manter o seu irmão próximo dele convence-o a apanhar o Pai Natal (Kurt Russell) em flagrante com a sua máquina de filmar.

 

Depois de espiar a chegada do Pai Natal, Kate e Teddy escondem-se no seu trenó, e provocam um acidente que põe em risco o Natal de milhares de crianças.

 

Aqui inicia-se uma verdadeira aventura, com um Pai Natal algo diferente do que temos no nosso imaginário. Depois de inúmeras peripécias entre o Pai Natal, as renas e Kate e Teddy, o Pai Natal acaba preso…

 

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Uma das melhores cenas do filme é quando o Pai Natal transforma a sua cela num espetáculo de rock'n’roll, onde o vemos a fazer uma imitação de Elvis, com uma grande performance de Steve Van Zandt.

 

Mas será que o Pai Natal consegue sair a tempo de entregar todos os presentes a todas as crianças no mundo? Para isso terá que assistir ao filme.

 

Kurt Russell tem um desempenho brilhante, interpretando um dos melhores Pais Natais dos últimos tempos, divertido, competente, e até um pouco irreverente, transformando uma história clássica num filme muito bom.

 

 

É um filme leve, com muita aventura para se ver nesta altura do ano com a família reunida, pois trata um pouco do imaginário de todos nós, quando éramos crianças, e talvez possa acender um pouco a chama dos menos crentes de que o Pai Natal deverá sempre existir no imaginário de cada um, nem que seja para que, pelo menos nos primeiros anos de vida, as crianças possam contar com essas memórias.

 

É com certeza o melhor filme produzido pela Netflix que vimos este ano.

 

Classificação SMN: 9/10.