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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Ocean's Eight

O sucesso da trilogia das aventuras de Danny Ocean, realizados por Steven Soderbergh, e com liderados por George Clooney e Brad Pitt – Ocean’s Eleven (2001), Ocean’s Twelve (2004) e Ocean’s Thriteen (2007), trouxe consigo muitos rumores de possíveis continuações.

 

Estas nunca ocorreram essencialmente pela relutância de George Clooney em prolongar esta série sem grandes certezas de resultados aceitáveis.

 

No entanto, a atual nomenclatura de women power que reina em Hollywood conseguiu pegar neste universo e criar um spin-off desta saga, onde a equipa é totalmente feminina, e que estreou em Portugal a 21 de Junho passado.

 

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Ocean’s Eight, 2018, de Gary Ross, com Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Mindy Kaling, Sarah Paulson, Awkwafina, Rihanna, Helena Bonham Carter, Richard Armitage, James Corden, Elliot Gould, Shaobo Qin, Dakota Fanning, Richard Robichaux, Damian Young, Marlo Thomas, Dana Ivey, Mary Louise Wilson, Elisabeth Ashley.

 

Este filme parte de uma premissa semelhante aos filmes anteriores, ou seja, a preparação e execução de um assalto. Mas não se trata de um assalto qualquer, obviamente!

 

Trata-se um roubo de joias valiosíssimas que estarão em exposição na Gala Anual do MET – Metropolitam Museum of Art.

 

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Lideradas por Debra “Debbie” Ocean, protagonizada por Sandra Bullock, um grupo de oito mulheres vão tentar reproduzir as melhores proezas de Danny Ocean e seus comparsas.

 

As ligações à trilogia principal são muitas, desde logo Debbie é irmã de Danny, cuja única aparição é o seu nome numa campa. Pois é, nesta variante da história, Danny Ocean está morto (ou estará mesmo?).

 

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Também aparece brevemente Reuben (Elliot Gould) a tentar demover Debbie do seu golpe, e Yen (Shaobo Qin) que mostra ainda manter os seus dotes de flexibilidade.

 

Outros cameos foram gravados mas ficaram na mesa da edição, entre eles as pequenas participações de Matt Damon e Carl Reiner.

 

A equipa é composta de atrizes bem estabelecidos em Hollywood: Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Sarah Paulson; atrizes que partilham o cinema com uma carreira musical: Rihana e Awkwafina; um talento cujo trabalho não tem sido devidamente valorizado ao longo dos anos: Helena Bonham Carter; e um novo talento à espera de uma grande oportunidade: Mindy Kaling.

 

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Num filme cheio do brilho do baile mais exclusivo de New York, as oito amigas vão tentar ludibriar a organização, a segurança, os convidados, e até um insistente investigador de seguros, para roubar, sem serem apanhadas, uma joia cujo valor ascende a 150 milhões de dólares.

 

Mas será a história assim tão linear? Talvez não. O argumento tem alguns twists interessantes, mas sem grandes surpresas, apesar de refletir um trabalho muito competente, apresentando a história de um modo compreensível para todos, numa condução lógica e fácil de perceber.

 

Apesar das diferenças de reconhecimento das diversas atrizes, as suas performances são muito equilibradas, fortalecendo a ideia de equipa em vez que um conjunto de indivíduos, favorecendo o resultado final.

 

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O realizador, habituado a apresentar qualidade nos seus trabalhos, mas por vezes menos aceite pelo grande público (Pleasantville, Seabiscuit ou Free State of Jones), tem aqui um potencial blockbuster com qualidade q.b., que não envergonha os filmes anteriores.

 

Tecnicamente o filme tem uma fotografia muito boa e um guarda-roupa excelente, que define cada uma das personagens e lhes transmite uma individualidade especial, que traduz as suas origens e as diferencia no seio da equipa.

 

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Em suma, este é um filme divertido e interessante, um pouco abaixo da trilogia mas cumprindo os seus objetivos na totalidade.

 

O Sessão da Meia Noite já tem publicado um post sobre o filme de 1960 que serviu de  base a todo este universo. Segue este link para o conheceres.

 

Classificação SMN: 8/10.