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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

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Death Wish

Uma das modas atuais de Hollywood são os remakes de filme antigos. Assim, na expectativa de trazer novo sangue para uma história que foi perdendo relevância ao longo dos seus cinco filmes originais, Eli Roth traz-nos uma "aparente" nova abordagem ao tema da violência nas cidades americanas.

 

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Death Wish - A Vingança, 2018, de Eli Roth, com Bruce Willis,  Vincent D'Onofrio, Elisabeth Shue, Camilla Morrone, Dean Norris, Beau Knapp, Kimberly Elise, Steven McHattie, Len Cariou.

 

Então vamos por partes: o argumento é quase delineado a papel químico do filme original de 1974. Bruce Willis substitui Charles Bronson no papel do protagonista Paul Kersey, que agora é um médico na cidade de Chicago e convive diariamente com a violência e as vitimas do crime armado.

 

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A sua família é destroçada por um assalto que corre mal e acaba com o assassinato da sua esposa Lucy Kersey (Elisabeth Shue) deixa a filha do casa, Jordan (Camila Morrone), em coma numa cama de hospital.

 

Paul, fica numa situação terrível, com dificuldades em lidar com a sua nova realidade, o que o vai levar a fazer algo radical para lidar com a violência a que se vê sujeito no dia a dia, numa procura por vingança.

 

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Aqui o argumento diverge um pouco do original de 1974 que não tinha este arco de vingança para com os atacantes à casa de Paul. Mas, esta pequena alteração, não consegue fazer descolar este filme do original. Também não sabemos se houve essa intensão. Na nossa opinião parece-nos que não.

 

Este filme é um clássico de ação, ao estilo dos filmes de Bruce Willis do final da década de 80, inicio da década de 90, como a saga Die Hard (1988, 1990, 1995, 2007, 2013), The Last Boyscout (1991), Hudson Hawk (1991) ou Striking Distance (1993)  numa revitalização do ator como protagonista de ação.

 

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O realizador Eli Roth, cuja trabalho já tínhamos visto em Knock Knock (2015) com Keanu Reeves, e como ator em Inglourious Basterds (2009), apresenta-nos um filme consistente, bem construído e com uma boa direção de atores, onde destacamos além de Bruce Willis, o grande Vincent D'Onofrio não só no papel do irmão de Paul (Frank Kearsey), mas da sua própria consciência.

 

No conjunto, este é um decente filme de ação, mas que não deverá ser suficiente para uma retoma da saga, a não ser que os mercados do Oriente tragam consigo uma surpresa comercial.

 

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A estreia de Death Wish acabou por ser prejudicada por Black Panther, e ligeiramente ultrapassada por Red Sparow que estreou nos Estados Unidos no mesmo fim de semana. Apesar disso, o filme teve boa aceitação pela crítica e já conseguiu  atingir o break-even o que, nestas circunstâncias é muito positivo.

 

Da nossa parte, gostaríamos de ver um novo tomo sobre a vida de Paul Kersey, mais que não fosse para ver como os produtores dariam seguimento à história do novo justiceiro da noite.

 

Classificação SMN: 7/10.