The Incredible Hulk (2008)
O segundo filme do Marvel Cinematic Universe (MCU) é sobre a origem de uma dos heróis menos consensuais do espetro: Hulk, pelo menos para o Sessão da Meia Noite.
Lançado dois meses após Iron Man, teve como objetivo a introdução do monstro verde no MCU, constituindo um dos pilares base do que viriam a ser os Vingadores.
The Incredible Hulk – O Incrível Hulk, 2008, de Louis Leterrier, com Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth, William Hurt, Tim Blake Nelson, Ty Burrell, Cristina Cabot, Peter Mensah, Lou Ferrigno, Débora Nascimento, Michael Kenneth Williams, Stan Lee, Robert Downey Jr., Paul Soles.
Desde logo, devemos referir que Hulk nunca foi um dos nossos heróis favoritos, pelo que escolhemos ver o filme pela sua continuidade no universo MCU, mas com algumas reservas.
Edward Norton é o Dr. Bruce Banner que, no seu laboratório da Universidade de Culver, experimenta um procedimento, cujo objetivo é tornar os seres humanos imunes à radiação gama, teste esse que corre terrivelmente mal.
Esta experiência, que é parte do programa de desenvolvimento dos “super soldados” da segunda guerra mundial, que criou o Capitão América (mas que nós só vamos ver no cinema mais tarde), expõe Bruce Banner a altas doses de radiação gama, transformando-o no Hulk.
Este acontecimento provoca a destruição do laboratório e, por sua vez, o desaparecimento de Bruce.
Voltamos a reencontrar Bruce Banner cinco anos mais tarde, a trabalhar numa fábrica de refrigerantes na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, aprendendo a controlar o seu corpo para evitar a transformação em Hulk e, incessantemente à procura de uma cura.
Como curiosidade temos que o refrigerante, que deverá ser guaraná, chama-se Pingo Doce (uma coincidência que só os portugueses vão perceber).
Mas, um infortúnio, faz com que um pouco do sangue de Bruce caia numa garrafa de refrigerante, garrafa essa que fará parte de um lote para os Estados Unidos da América.
O consumidor (que é Stan Lee), apresenta uma reação anormal ao beber o refrigerante, o que chama a atenção dos militares, liderados pelos General Thaddeus “Thunderbolt” Ross (William Hurt).
A partir deste ponto, a história desenvolve-se em duas frentes paralelas, ou seja: por um lado temos a perseguição dos militares a Bruce Banner, cujo líder de equipa é Emil Blonsky (Tim Roth), e por outro lado temos Bruce Banner à procura de uma cura para o seu problema, ajudando pelo seu amor do antigamente Betty Ross (LivTyler), filha do General “Thunderbolt” Ross.
O argumente introduz um outro personagem no MCU que é o monstro Abomination, resultado do uso de soro da experiência do “super soldado” em Emil Blonsky.
O filme, para nós teve um resultado inesperado que foi a criação de uma empatia especial por Hulk, humanizando de alguma forma a sua monstruosidade. Gostámos do filme e ficámos a gostar do Hulk.
Mais tarde, esta personagem vai ser mais desenvolvida, à medida que Bruce Banner aprende a controlar melhor o Hulk, e ganha um humor muito especial, mas por agora foi muito bom.
O realizador, que já tinha tido bons resultados em Transporter (2002) e Danny The Dog (2005), conseguiu fazer um trabalho de qualidade, completamente integrado no MCU, despertando a nossa curiosidade para os capítulos futuros desta Saga.
Fomos muito surpreendidos pela prestação de Edward Norton, que conseguiu criar um Bruce Banner muito sensível e responsável, desesperado à procura de uma cura.
William Hurt também é de destacar pelo seu trabalho na criação de um General que parece que foi tirado a papel químico dos livros de banda desenhada.
Não deixa de ser um filme de super-heróis, mas é muito bem estruturado e construído, e na nossa opinião somente foi prejudicado na bilheteira pela estreia muito próxima do Iron Man.
Classificação SMN: 8/10.