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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

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Lady Bird

Estreou esta semana em Portugal um dos mais fortes nomeados para os Óscares, cujas indicações não se concretizaram em galardões, mas que não deixa de ser uma experiência de bom cinema.

 

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Lady Bird, 2017, de Greta Gerwig, com Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet, Beanie Feldstein, Lois Smith, Stephen Henderson, Odeya Rush, Jordan Rodrigues, Marielle Scott, John Karna, Jake McDorman, Bayne Gibby, Laura Marano.

 

Este filme acabou por sofrer um pouco pelas expectativas criadas pelo grande número de nomeações que recebeu para os Óscares, num crescendo de publicidade, que se veio a frustrar com a resultado das votações dos membros da Academia.

 

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O filme é sobre uma adolescente Christine "Lady Bird" McPherson (Saoirse Ronan), que se encontra na sua fase rebelde, onde todo o aconselhamento ou orientação parental lhe parece desadequado e contra os seus objetivos.

 

A relação conturbada com a sua mãe (Laurie Metcalf) e a sua necessidade de afirmação independente, vão criando problemas no equilíbrio familiar que é agravado com o despedimento do pai, o apaziguador da família.

 

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Lady bird tem como principal aspiração ir estudar para uma universidade de renome, em New York, um local que, para ela, é diametralmente oposto à sua atual realidade, e à qual ela se quer distanciar.

 

Num filme sobre as dores do crescimento, Lady Bird  consegue-nos mostrar como o amor incondicional dos pais nos guia e nos apoia, mesmo quando discorda por completo das nossas opções, e a importância da família com quem, no fundo, gostamos de partilhar os nossos sucessos e os nossos infortúnios.

 

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Saoirse Ronan compõe muito bem a sua personagem, num crescendo sobre o seu papel em Brooklyn, comprovando que é um dos talentos mais promissores da sua geração.

 

De notar também o grande desempenho de Laurie Metcalf, cujo trabalho foi reconhecido com uma nomeação para o Óscar de Melhor Atriz Secundária.

 

A realizadora Greta Gerwig, que até agora só conhecíamos como atriz (Mulheres do Século XX de 2016, A Humilhação de 2014 e Sexo Sem Compromisso de 2011), demonstra muita qualidade nesta que é somente a sua segunda experiência na realização.

 

 

Este é uma caso interessante de uma atriz que passa para a cadeira da realização com muito qualidade, e criando muito interesse sobre futuros trabalhos.

 

Classificação SMN: 8/10.