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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

A Bela e o Monstro

Periodicamente o mundo cinematográfico, parece ficar sem ideias originais, e decide voltar a receitas antigas de sucesso. É o tempo dos reboots, remakes, enfim, cavalgando uma receita, que em tempos teve sucesso, mas desta vez com os mais recentes brinquedos tecnológicos.

 

É o caso do filme que vamos comentar hoje, sendo uma historia clássica da Disney, há muito que não tinha uma nova versão.

 

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The Beauty and the Beast - A Bela e o Monstro, 2017, de Bill Condon, com Emma Watson, Dan Stevens, Luke Evans, Josh Gad, Kevin Kline, Hattie Morahan, Haydn Gwynne, Gerard Horan, Ray Fearon, Ewan McGregor, Ian McKellen, Emma Thompson, Natham Mack, Audra McDonald, Stanley Tucci, Gugu Mbatha-Raw.

 

O conto de fadas de A Bela o Monstro, La Belle et la Bête no original, foi escrito pela novelista francesa Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve e publicado em 1740 na sua obra La Jeune Américaine et les Contes Marins.

 

Esta história tem sido recontada e rescrita por diversas vezes ao longo dos tempos, sendo conhecidas pelo menos 16 obras relevantes sobre este tema desde o século XIX até aos nossos dias.

 

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As adaptações desta história clássica para cinema tem sido frequentes e as mais relevantes foram as seguintes:

 

. La Belle et la Bête, 1946, de Jean Cocteau e René Clément - uma versão francesa com Jean Marais e Josette Day;

. The Scarlet Flower, 1962, de Lev Atamanov - versão animada russa, produzida pela Soyuzmultfilm e restaurada pela Gorky Film Studio em 1987, muito popular na Rússia;

. Beauty and the Beast, 1962, de Edward L. Cahn - Joyce Taylor e Mark Damon asseguram os principais papeis numa versão onde o príncipe se transforma e lobisomem;

. Beauty and the Beast, 1987, de Eugene Marner - uma produção musical do Cannon Group e da Golan-Globus Productions, com John Savage e Rebeca DeMornay;

. Beauty and the Beast, 1991, de Gary Trousdale e Kirk Wise - a animação da Disney mais conhecida de todos;

. Beauty and the Beast, 1993, de Masakazu Higuchi e Chinami Namba - versão animada onde Beast era uma composição de características de diversos animais diferentes:

. Beauty and the Beast, 2005, de David Lister - uma versão viking do clássico conto de fadas;

. Spike, 2008, de Robert Beaucage - adaptação sombria, da história aos tempos modernos;

. Beastly, 2011, de Daniel Barnz - filme com Alex Pettyfer e Vanessa Hudgens com um argumento para o público adolescente;

. La Belle et la Bête, 2014, de Christophe Gans - adaptação francesa com Vincent Cassel e Léa Seydoux.

 

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O filme de 2017 é um remake da versão animada da Disney de 1991, onde os atores substituem a magia da animação, num filme musical onde Dan Stevens é a Besta e Emma Watson é Bella.

 

O argumento desta versão mostra-nos um jovem príncipe que é enfeitiçado pela sua arrogância, e que só pode ser libertado se encontrar o amor verdadeiro. A sua única, e última, oportunidade pode ser Bella, a primeira jovem mulher a visitar o palácio desde que este foi enfeitiçado.

 

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O filme é mais um exemplo da qualidade com que a Disney compõe os seus filmes, desta vez, com o recurso omnipresente dos efeitos computorizados, quer nos cenários, quer na Besta e seus companheiros enfeitiçados.

 

De um modo muito competente e harmonioso, todos os elementos do filme se conjugam para a qualidade do produto final, num exercício que não permite que algum ator se destaque, pois o objetivo é claramente o conjunto.

 

Em suma, trata-se de um bom filme, agradável de ver numa tarde em família, apesar de ser um musical.

 

 

No entanto, e sobre este tema, no Sessão da Meia Noite, continuamos a preferir a série de televisão de Ron Koslow "Beauty and the Beast", que foi exibida entre 1987 e 1990, com Ron Perlman e Linda Hamilton nos principais papeis.

 

Classificação SMN: 8/10.