The Good Fight - Temporada 1
O final de The Good Wife, com a sua elevada qualidade e aceitação do público, deixou em aberto a possibilidade do aparecimento de spin-offs.
Foi o que aconteceu e, a pedido da CBS, os produtores voltaram ao trabalho em conseguiram encontrar material para trabalhar uma nova história, pós The Good Wife, mas com claras ligações afetivas e não só.
O resultado deste trabalho foi The Good Fight e o Sessão da Meia Noite já viu a primeira temporada.
The Good Fight - Temporada 1, 2017, de Michelle King e Robert King, com Christine Baranski, Rose Leslie, Erica Tazel, Cush Jumbo, Delroy Lindo, Paul Guilfoyle, Sarah Steele, Bernadette Peters, Justin Bartha, Nyambi Nyambi, Michael Boatman, Heléne York, Tom McGowan, Gary Cole, Mathew Perry, Carrie Preston, John Cameron Mitchell, John Benjamin Hickey, Ron Canada, Dylan Baker, Christine Lahti, Jerry Adler, Louis Gossett Jr., Frankie Faison, Robert Picardo, Jason Biggs, Zack Grenier, Jane Lynch.
Desde logo se percebe que esta série tem um feeling muito diferente de The Good Wife.
A história tem início um ano após o final de The Good Wife e assenta, inicialmente, em Diane Lockhart (Christine Baranski) que se vê envolvida num escândalo financeiro que a faz perder todas as suas poupanças.
Numa altura em que Diane se estava a reformar, já tendo assinado o acordo de saída, vê-se forçada a voltar ao trabalho, desta vez numa nova firma, pois a firma que ela havia ajudado a fundar e que, nessa altura se chamava Lockhart, Deckler, Gussman, Lee, Lyman, Gilbert-Lurie, Kagan, Tannebaum & Associates, não a aceitou de volta.
Por sorte, consegue ser contratada como Junior Partner, na Reddick, Boseman & Kolstad, que é uma prestigiada firma de advogados, detida somente por negros e que se especializou em casos de brutalidade policial.
Ao longo dos 10 episódios desta primeira temporada, vamos assistindo ao evoluir dos casos desta nova firma, com a questão racial sempre presente, ao mesmo tempo que se desenvolvem as investigações no caso de fraude financeira, que envolve Diane e uma jovem advogada que é sua afilhada - Maia Rindell (Rose Leslie), cuja família foi a principal responsável pela referida fraude.
Percebe-se que The Good Fight não é tão familiar como The Good Wife, uma vez que, ao contrário da sua antecessora, em The Good Fight os diálogos tem algum vernáculo popular.
Os argumentos dos episódios vão evoluindo da situação particular de Diane, para a exploração das implicações da fraude financeira, suas investigações e consequências, que constitui o plot transversal a toda a temporada, sempre misturadas com os casos diários de cada episódio - subplots, que nos vão tentando apresentar as diferenças entre as duas séries.
Na realidade, uma observação mais cuidada, percebemos que as diferenças não são tão grandes quanto se poderia pensar. O cerne da diferença acaba por estar nos atores que são diferentes, uma vez que os criadores e produtores são os mesmos.
The Good Fight em si revela-se interessante e, após os primeiros episódios que são algo difíceis de assimilar após sete temporada de The Good Wife, vamos criando uma ligação afetiva com estas personagens e os seus destinos.
No Sessão da Meia Noite a nossa personagem favorita é, sem dúvida, Lucca Quinn (Cush Jumbo) que transitou da temporada sete de The Good Wife, e mantém o seu estilo muito profissional e sem a necessidade (aparente) de ligações afetivas duradouras.
Para já, e pelo que foi apresentado até à data, damos o benefício da dúvida a The Good Fight e ficamos a aguardar a segunda temporada que está prevista para o início de 2018.