Numa das nossas navegações pela internet dos filmes, o Sessão da Meia Noite descobriu que foram feitos alguns vídeos que fazem a ligação entre alguns dos episódios da uma das nossas sagas favoritas: Velocidade Furiosa.
Cronologicamente, entre Velocidade Furiosa (2001) e Velocidade + Furiosa (2003), existe uma curta-metragem, de cerca de 6 minutos, que explica um pouco da ligação entre os dois primeiros filmes da saga (algo diferentes e até um pouco off como todos podem testemunhar).
Obviamente que estas ligações só mais tarde se vão perceber mas, de volta ao que interessa.
Turbo Charged Prelude to 2 Fast 2 Furious, 2003, de Philip G. Atwell, com Paul Walker, Peter Aylward, Vin Diesel, Minka Kelly.
Este vídeo foi lançado a 3 de junho de 2003, e faz parte de algumas edições especiais de Velocidade Furiosa. Também foi utilizado como prelúdio em cinemas escolhidos no lançamento do filme de 2003.
A história é muito simples e apresenta-nos Brian O’Conner (Paul Walker) que, após ter deixado fugir Dominic Toretto (Vin Diesel), ganha o estatuto de fugitivo e foge de Los Angeles, num Dogde Stelth todo artilhado, sem destino.
Perseguido pela polícia e pelo FBI, Brian vai vivendo de street races que vai ganhando à medida que vai atravessando os Estrados Unidos.
Pelo caminho, vê o seu carro apreendido pela polícia, mas consegue escapar com a ajuda de uma jovem desconhecida num Mitsubishi Eclipse (interpretada por Minka Kelly).
Em San António, compra um Nissan Skyline usado, que consegue reparar, e que lhe trará mais vitórias em corridas de rua até que decide culminar a sua viagem em Miami,
Em Miami conhece Tej Parker (Chris 'Ludacris' Bridges) que lhe serve de cicerone na sua entrada na cena de street races local.
Desta forma temos a ligação feita e conseguimos perceber melhor o segundo filme sem Dominic Toretto, num perspetiva de enriquecimento das personagens da saga, construindo a “mi familia” que viríamos a conhecer mais tarde.
Disponível no site youtube, aqui fica esta curta para o conhecimento geral.
Uma cidade pequena no meio de lugar nenhum, rodeada de florestas e montanhas, uma jovem assassinada, um agente do FBI com muitas idiossincrasias, e uma população cheia de segredos, constituem a substância do contexto de uma das melhores séries de culto dos últimos 30 anos.
Por ocasião do lançamento de uma nova temporada, o Sessão da Meia Noite decidiu revisitar o culto desta série mítica de David Lynch.
Twin Peaks, 1990, de David Lynch, com Kyle Maclachlan, Michael Ontkean, Madchen Amick, Dana Ashbrook, Richard Beymer, Lara Flynn Boyle, Sherilyn Fenn, Warren Frost, Peggy Lipton, James Marshall, Everett McGill, Jack Nance, Joan Chen, Ray Wise, Piper Laurie, Kimmy Robertson, Eric Da Re, Harry Goaz, Michael Horse, Sheryl Lee, Russ Tamblyn, Kenneth Welsh, Miguel Ferrer, David Lynch, Heather Graham, Billy Zane, Walter Olkewicz, David Duchovny, Wendy Robie, Grace Zabriskie, Catherine E. Coulson.
A primeira temporada de Twin Peaks tinha somente 8 episódios e foi emitida na ABC Network entre 8 de abril e 23 de maio de 1990.
O episódio piloto tem início com a descoberta do corpo de uma jovem – Laura Palmer (Sheryl Lee), envolvido em plástico. Laura havia sido assassinada e este evento vai criar repercussões ao mais ínfimo nível na pequena cidade madeireira de Twin Peaks.
A investigação do crime é encabeçada pelo excêntrico agente do FBI Dale Cooper (Kyle Maclachlan), auxiliado pelo xerife local Harry S. Truman (Michael Ontkean) e o seu corpo de agentes que, à medida que vai conhecendo os habitantes locais, se vai apercebendo de um grande conjunto de bizarrias e comportamentos estranhos, escondidos por debaixo de uma capa de simpatia ou indiferença.
À medida que a investigação avança, a aparência normal e pacata de Twin Peaks começa a desaparecer, sendo substituída por uma visão mais negra, cheia de interesses ocultos, e comportamentos estranhos.
Aos poucos vamos, descobrindo que o que parece, muito raramente é, e as ramificações negras descobertas pela investigação, vão colocar em causa a reputação dos mais altos responsáveis da cidade.
Por um lado, Dale descobre que Laura era viciada em cocaína, e que enganava o namorado (que era traficante de droga nas horas vagas) com um motoqueiro com quem planeava fugir de Twin Peaks. Há … e também se prostituía ocasionalmente num clube que era do patrão do pai dela.
Por outro lado, Dale Cooper também tem um estilo de investigação algo peculiar, baseando algumas das suas suposições em sonhos e visões que lhe vão ocorrendo, numa clara ligação ao sobrenatural, sempre presente no desenrolar da história.
A vida em Twin Peaks nunca mais será a mesma. Todos os podres e comportamentos escusos dos seus habitantes vão sendo colocados a nu, mostrando a verdadeira face de uma pacata cidade de interior onde, na realidade, parece que todos estão ou a esconderem-se do seu passado, ou com medo do seu futuro.
David Lynch e Mark Frost conseguiram fazer uma série que teve uma aceitação enorme por parte do público e da crítica, inclusivamente foi logo renovada para uma segunda temporada, que estreou a 30 de setembro do mesmo ano, beneficiando do estatuto de estrela pouco convencional de David Lynch, e da atmosfera que ambos conseguiram criar para uma cidade com uma patine muito própria, sombria, chuvosa, escondida do mundo.
No Sessão da Meia Noite revisitámos recentemente esta primeira temporada que nos trouxe algumas agradáveis memórias dos tempos em que quase não havia internet e que os videogravadores eram a maior fonte de divulgação de séries e filmes.
Apesar de algumas questões de qualidade de imagem, a série continua a manter o seu encanto e a agarrar o espetador à estranha realidade de Twin Peaks e do seu mais famoso forasteiro.
Numa altura em que este produto de televisão era raro, a qualidade atingida em Twin Peaks transformou grande parte dos seus espetadores em fãs aguerridos, sempre à espera de conhecer um pouco mais do futuro de Dale Cooper, e do passado de Laura Palmer e dos estranhos habitantes desta sinistra cidade.
A juntar a este ramalhete, a banda sonora de Angelo Badalamenti atribui uma substância particular à patine meia gasta criada por Lynch, elevando a série ainda mais acima do nível médio do que era feito na altura.
Por ocasião do lançamento da terceira temporada desta série mítica, no Sessão da Meia Noite iremos comentar mais títulos dedicados a Twin Peaks. Aguardem!
Naquilo que só poderá ser considerado como binge-watching, o Sessão da Meia Noite “devorou”, em poucos dias, a temporada 5 de The Good Wife.
Originalmente exibida entre 29 de setembro de 2013 e 18 de maio de 2014, esta temporada foi a que teve a melhor receção do público, conquistando cinco nomeações para Primetime Emmys Awards, tendo vencido o prémio na categoria de Melhor Atriz Numa Série Dramática para Julianna Margulies no episódio 16 - “Última Chamada”.
The Good Wife – Temporada 5, 2013, de Michelle King e Robert King, com Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi, Makenzie Vega, Graham Phillips, Alan Cumming, Josh Charles, Christine Baranski, Chris Noth, Matthew Goode, Zack Grenier, Ben Rappaport, Melissa George, Nathan Lane, Stockard Channing, Mary Bath Peil, Michael J. Fox, Renée Goldsberry, Jason O’Mara, Jeffrey Tambor, Carrie Preston, Gary Cole, Dallas Roberts, Mike Colter, John Benjamin Hickey, America Ferrera, Mary Stuart Masterson, Rita Wilson, Dreama Walker, Kurt Fuller, Dylan Baker, Mamie Gummer.
É nesta temporada que o argumento tem as alterações mais profundas nos plots contínuos da história. Tudo aquilo que foi sendo construído ao longo da temporada 4, tem o seu desenlace final nesta temporada.
Com o novo Governador do Estado do Illinois eleito, esta parte da história perde um pouco o interesse, só recuperado através das ligações de Peter Florrick (Chris Noth) com Alícia Florrick (Julianna Margulies) e, mais tarde, com os rumores de que Peter terá voltado às suas velhas práticas de infidelidade conjugal.
Alicia, Carey Agos (Matt Czuchry) e companhia iniciam a sua nova aventura na Florrick Agos & Associates, no que só pode ser considerado como um começo com muitos solavancos.
Estas dificuldades de crescimento vão ser agravadas pela vingança, mais ou menos dissimulada, da Lockhart Gardner que Will Gardner (Josh Charles) vai empreender, juntamente com a sua nova filosofia de crescimento a todo o custo. Inclusivamente o nome da firma muda para LG.
Para melhorar a sua gestão operacional e ganhar competências no direito administrativo, a Florrick Agos & Associates contrata Clarke Hayden (Nathan Lane), o gestor judicial da Lockhart Gardner, que se vai revelar muito importante como árbitro de conflitos internos e embaixador do bom senso no meio das confusões da Florrick Agos & Associates.
Num ponto da história em que, aparentemente, se estava a estabelecer a paz entre as duas firmas rivais, dá-se o maior bang! de todo o argumento.
Numa altura em que se encontrava em tribunal a lutar por um caso que parecia cada vez mais perdido, oposto ao procurador Finn Polmar (Matthew Goode - que terá um papel importante na temporada seguinte), Will é assassinado pelo seu próprio cliente, no meio de um acto de desespero.
Esta alteração tem influência em todos os plots e subplots do argumento.
Por um lado, Alicia, que se encontrava um pouco distante de Will, sente a perda de Will como se de um grande amor se tratasse (e se calhar até era), o que vai criar uma rutura insanável na sua relação com Peter.
Daqui também nasce uma relação especial com Finn, pois foi a última pessoa a estar com Will e que, inclusivamente, o tentou salvar na sala do tribunal.
Por outro lado, o equilíbrio de forças na LG é completamente alterado, nascendo um movimento para substituir Diane Lockhart (Christine Baranski) na gestão da empresa com a entrada de um sócio surpresa. Quem mais poderia ser além de Louis Canning (Michael J. Fox) passando a firma a chamar-se Lockhart Gardner & Canning.
Todas estas guerras de poder, aliadas à perda do grande amigo, fazem Diane reconsiderar a sua vida e as suas escolhas, que culminam no último episódio da temporada, onde Diane se propõe juntar-se à Florrick Agos &Associates, saindo da sua firma.
A resenha anual é terminada numa festa/jantar da comemoração do final do secundário de Zack Florrick (Graham Phillips) e a sua ida para a faculdade. Pelo meio, as mães de Peter e Alicia descobrem a real situação do casal o que vai introduzir um pouco mais de entropia à já precária situação familiar.
Para complementar o ramalhete, o candidato do Governador do Illinois para State’s Attorney de Cook County desiste da corrida e o sempre alerta Eli Gold (Alan Cumming) tem uma ideia brilhante: porque não apoiar a candidatura de Alicia ao cargo?
Esta é claramente a melhor temporada das cinco. Os autores souberam capitalizar a saída de Josh Charles da série de um modo brilhante, criando a possibilidade de novas realidades, o que veio enriquecer a história, numa altura em que a maioria das séries começa a perder ímpeto.
As novas personagem introduzidas apresentam todas um importante contributo para a história, ficando o nosso desagrado pela perda de importância e protagonismo da personagem de Archie Panjabi - Kalinda.
De resto, The Good Wife é uma série que, ao fim de 112 episódios, continua a manter o interesse dos espetadores com um argumento vivo e interessante, onde cada ator ou atriz que chega de novo tem um papel equilibrado no meio do status quo confiando-lhe sempre um pouco mais de qualidade.
Obviamente que, no Sessão da Meia Noite, mantemos o interesse pela próxima temporada.
Ontem foi noite de Globos de Ouro pelas áreas circundantes do Coliseu de Recreios de Lisboa, assim como nas múltiplas plataformas da SIC.
A XXII Edição dos prémios teve como maior alteração, a mudança de apresentador para o João Manzarra, com a sua irreverência natural, secundada pelo seu estranho look, que quase se assumiu como uma personagem per si.
O contraponto cómico esteve a cargo do Luís Franco-Bastos, com um humor de qualidade, por vezes discutível, mas suficientemente eficiente para entreter as hostes.
A abrir a cerimónia com os prémios da categoria de cinema estiveram Rodrigo Guedes de Carvalho e, imagine-se quem ... Bárbara Guimarães, a falar sobre a violência sobre as mulheres, numa colagem demasiado forçada de um assunto de importância maior com a situação particular de Bárbara e os seus comportamentos conjugais pouco convencionais (na nossa opinião).
Passado o momento estranho de televisão, foram anunciados os vencedores das três categorias de cinema:
Melhor Ator: Nuno Lopes em Posto Avançado do Progresso
Melhor Atriz: Ana Padrão em Jogo de Damas
Melhor Filme:Cartas de Guerra de Ivo M. Ferreira
No Sessão da Meia Noite ficámos especialmente satisfeitos pelos prémios de Nuno Lopes e Ana Padrão, fugindo aos favoritos do ano Cinzento e Negro e Cartas de Guerra, que só não "escapou" ao prémio de melhor filme (nós tínhamos preferido O Ornitólogo, mas enfim).
Os discursos foram marcados pela contestação à Lei SECA (Secção Especializada de Cinema e Audiovisual) que impõem critérios na escolha dos júris de análise dos projetos que parecem pouco transparentes.
Numa cerimónia estranhamente contida no ano em que se comemora os 25 anos da SIC, o Sessão da Meia Noite gostou especialmente do Prémio Revelação atribuído a Beatriz Frazão, que mostrou em palco a sua inocência de menina, que emocionou quase toda a plateia.
Digno de menção também foram as três subidas ao palco de Fernando Santos, mas com especial ênfase no Prémio Mérito e Excelência, para o homem que foi diretamente responsável pela elevação internacional do futebol Português.
No dia seguinte só podemos esperar que todos os nomeados continuem a demonstrar a sua qualidade partilhando connosco o melhor da cultura nacional.
Esta semana voltamos a ter a possibilidade de ver um novo tomo da saga de um dos monstros mais perigosos do cinema: Alien.
Com Ridley Scott uma vez mais aos comandos desta nova aventura, Alien Covenant é uma sequela de Prometeus de 2012, e ambos são prequelas das histórias narradas em Alien O 8º Passageiro de 1979, Alien O Reencontro Final de 1986, Alien 3 A Desforra de 1992 e Alien O Regresso de 1997.
Contudo, para melhor se perceber as ligações de argumento entre Prometeus e Alien Covenant, foi lançado um curto vídeo que apresentamos de seguida, juntamente com o trailer do novo filme, com o objetivo de cativar os não-fãs da saga.
Saindo do mainstream cinematográfico, hoje falamos de um dos melhores exemplos do cinema coreano, num dos mais reconhecidos trabalhos do realizador Chan-wook Park.
Oldeuboi – Old Boy – Velho Amigo, 2003, de Chan-wook Park, com Min-sik Choi, Ji-tae Yu, Hye-jeong Kang, Dae-han Ji, Dal-su Oh, Byeong-ok Kim, Jin-seo Yoon.
Num thriller/mistério de grande qualidade, somos confrontados com a história de Dae‑su Oh, um simples funcionário público, de índole duvidosa que, uma dia, simplesmente desaparece do seio da sua família sem deixar qualquer rasto.
Rapidamente descobrimos que alguém raptou Dae-su Oh (Min-sik Choi), sem explicação aparente, para um quarto fechado, sem janelas ou luz solar, só com a companhia de uma televisão.
Durante 15 anos, Dae-su Oh permanece enclausurado, vítima de algo, ou alguém, que desconhece, mantendo uma ponta de sanidade através da televisão e do treino físico de boxe e artes marciais, que vai vendo através da televisão.
Ao longo deste tempo vai tentando arranjar estratagemas de fuga e, quando se preparava para a grande evasão, é libertado. Mais uma vez sem qualquer explicação, mas com um objetivo claro: tinha cinco dias para descobrir a causa e o responsável pela sua clausura, ou seria morto.
Esta imposição de descoberta da verdade, aliada ao seu enorme desejo de vingança, empurram-no para perceber o que o afastou da sua família durante 15 anos, condicionando a sua sanidade mental.
Não demorou muito até perceber que quem ordenou a sua clausura, também controla a sua vida no exterior, condicionando os seus esforços de descoberta,
Nesta contenda conhece uma jovem chef de sushi Mi-do (Hye-jeong Kang) que o acolhe, e tenta orientar na sua busca.
O aprofundamento da sua procura leva Dae-Su Oh aos seus tempos de escola onde ele encontrará a chave de todo este mistério.
Este filme de Chan-wook Park traz consigo o mistério das histórias contadas numa perspetiva que nós não estamos habituados, que é a visão asiática da realidade, com as suas imensas diferenças de contexto e culturais.
Numa obra com uma grande cinematografia, os protagonistas, e essencialmente Min‑sik Choi, têm performances de altíssimo nível, transportado, com muita facilidade, o espetador para uma realidade disfuncional e chocante que é exigida pelo argumento.
Este filme vale a pena ver pois é mesmo muito bom. Contudo, convém ter algum cuidado pois, à boa moda dos filmes asiáticos a violência é muito crua, sem subterfúgios, o que pode chocar o espetador.
De referir que, no final ficamos a perceber a história toda e que vale mesmo a pena esperar pelos créditos finais pois se a história em si é chocante e complexa, o fim parece algo saído das histórias de Eça de Queiroz.
No Sessão da Meia Noite fomos atraídos para este filme pelo seu remake homónimo de 2013 pela mão de Spike Lee com Josh Brolin, Elisabeth Olsen e Samuel L. Jackson nos principais papéis.
Após a visualização de ambos, a versão original parece-nos superior ao remake, com a história a ser apresentada de um modo mais nu e imediato, mais poderosa, e passível de cativar com mais argumentos os espetadores.
O Sessão da Meia Noite aconselha a procura e visionamento do filme original pois certamente não serão desiludidos.
E já lá vai mais uma temporada de The Good Wife. Desta vez, e mantendo o espírito da continuidade foi a temporada 4 (T4), exibida originalmente entre 30 de setembro de 2012 e 28 de abril de 2013.
The Good Wife – Temporada 4, 2012, de Michelle King e Robert King, com Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi, Makenzie Vega, Graham Phillips, Alan Cumming, Josh Charles, Christine Baranski, Chris Noth, Nathan Lane, Zack Grenier, Maura Tierney, Amanda Peet, T.R. Knight, Mary Bath Peil, Renee Goldsberry, Carrie Preston, Stockard Channing, Mike Colter, Dallas Roberts, Denis O’Hare, Dylan Baker, John Benjamin Hickey, Kristin Chenoweth, Jill Flint, Matthew Perry, Michael J. Fox, Kyle MacLachlan, Gary Cole, Martha Plimpton, Mamie Gummer, Ana Gasteyer, Anika Noni Rose, Rita Wilson, Kurt Fuller, Marc Warren.
Esta temporada é dominada por um assunto que é constante durante todos os 22 episódios e que é a campanha para Governador do Estado do Illinois, onde concorre o marido de Alicia - Peter Florrick (Chris Noth), secundado de perto por Eli Gold (Alan Cumming).
Este plot vai dar mais visibilidade ao núcleo da família Florrick, essencialmente os filhos Zack (Graham Phillips) e Grace (Makenzie Vega), resultando numa participação mais ativa nas histórias pontuais de cada episódio, assim como o surgir de Verónica (Stockard Channing), a mãe de Alicia, uma divorciada sempre à procura do seu próximo amor, um espírito que vai chocar muito com Alicia.
Na Lockhart Gardner a história é dominada pela perspetiva de falência, essencialmente na primeira metade da temporada, e a nomeação de um gestor judicial Clarke Hayden (o excelente Nathan Lane), que vai tentar colocar limites à loucura da gestão da empresas.
Neste período, a gestão da empresa (Will e Diane - Josh Charles e Christine Baranski) comete diversos erros na tentativa desenfreada de evitar a falência, que vão condicionar o futuro da empresa.
Na realidade os advogados associados de quarto ano (onde estão incluídos Alicia e Carey) são convidados para sócios, com o objetivo encapotado de entrada de dinheiro da vivo no capital da empresa.
No entanto, quando a empresa consegue sair do buraco financeiro estes convites são retirados o que vai criar descontentamento.
Este descontentamento vai conduzir a um movimento de rutura com a Lockhart Gardner com o objetivo de criação de uma nova empresa de advocacia, conseguindo "roubar" alguns clientes à firma que os tinha iludido.
Outro ponto interessante desta temporada é o aparecimento, finalmente, do marido da Kalinda (Archie Panjabi) - Nick Severese (Marc Warren), um traficante de droga que vai destabilizar as relações profissionais de Kalinda, além de uma tentativa forçada de reatamento da relação matrimonial entre eles.
Na realidade, esta temporada teve um início pouco interessante, pois os problemas financeiros da Lockhart Gardner tiraram um pouco do interesse da história mas, mais tarde, fizeram todo o sentido pois são o catalisador da segunda metade desta temporada e seguintes.
A segunda metade da temporada segue num crescendo que motiva e cria expectativa para o futuro, sendo no fundo um conjunto superior à temporada 3.
Aguardamos a temporada 5 e os desenvolvimentos do gabinete do Sr. Governador, da Lockhart Gardner, da família Florrick e daquilo que sairá da cisão com associados de quarto ano.
Por vezes temos a possibilidade de confirmar que as nossas opiniões são só nossas, independentes, e que não seguimos cegamente as opiniões maioritárias. Esse foi o caso do filme de vamos comentar aqui.
Suicide Squad - Esquadrão Suicida, 2016, de David Ayer, com Will Smith, Jaime FitzSimons, Ike Barinholtz, Margot Robbie, Viola Davis, Ted Whittall, David Harbour, Shailyn Pierre-Dixon, Jared Leto, James McGowan, Joel Kinnaman, Jai Courtney, Jay Hernandez, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Cara Delevingne, Karen Fukuhara, Scott Eastwood, Adam Beach, Ben Affleck, Ezra Miller, Jason Momoa, Common, Jim Parrack, Kenneth Choi.
Um filme cuja história foi retirada do universo dos super-heróis da DC Comics, tem um argumento muito simples mas típico destes universos.
Uma agência secreta americana recruta alguns dos vilões mais perigosos que se encontravam presos, de modo a criar uma task force para defender o pais de uma força sobrenatural que poderá levar o mundo ao apocalipse. Simples, não?
Os media da especialidade não pouparam esforços em denegrir o filme, usando como argumento o excesso de atores de primeira linha, as poucas cenas onde apareciam os seus atores favoritos (nomeadamente Jared Leto como Joker) enfim, tudo o conseguiam encontrar. A comprovar esta situação é a classificação de 6,3 no IMDb.
Mas nós no Sessão da Meia Noite temos uma opinião contrária (atribuímos uma classificação de 8 no IMDb). Gostámos especialmente do retorno de Will Smith (Deadshot) aos papéis de ação onde ele se sente muito à vontade e a boa química criada entre ele e Margot Robbie (Harley Quinn).
Viola Davis mantém a grande qualidade na sua representação, assim como a inesperada Cara Delevingne numa dicotomia entre o bem o mal como June Moone/Enchantress.
Este não é um filme intelectual nem nunca teve a pretensão de o ser. É um claro filme de super-heróis, com performances de qualidade, onde o realizador David Ayer fez o seu papel com muita competência, complementado com alguns cameos de peso como o de Ben Affleck como Batman, e ligações a filmes futuros com a referência a Aquaman (Jason Momoa).
Por estas razões, no Sessão da Meia Noite considerámos este filme como uma boa representação do género, capaz de proporcionar momentos de boa ação e alguma comédia, onde os atores não desiludem.
Como tem sido abundantemente difundido junto da comunidade cinéfila, estreia este ano a nova encarnação de Blade Runner.
Num filme que quer ser a continuação do original, com diversas pontes a serem construídas para cativar os apreciadores mais acérrimos da obra prima de Ridley Scott, a cadeira da realização foi entregue a Denis Villeneuve, ficando Ridley Scott como produtor executivo, responsável pelo "controlo de qualidade".
O trailer já circula amiúde no éter sócio-digital, tendo inclusivamente sido partilhado na página do facebook do Sessão da Meia Noite.
Deixamos aqui algo mais interessante: uma comparação (da responsabilidade do IMDb) dos trailers dos dois filmes, onde podemos ver que as semelhanças são mais que muitas.
Ficamos assim a aguardar por outubro, para podermos ajuizar com propriedade se a continuação da história dos humanos e dos replicants consegue manter os elevados padrões de qualidade.
Na ressaca da época internacional de prémios, foram anunciados os nomeados para os Globos de Ouro nacionais, mais conhecidos por Globos de Ouro SIC Caras.
Este ano, a XXII edição dos Globos de Ouro será apresentada por João Manzarra numa cerimónia cheia de luz e cor, reforçada pelos 25 anos da SIC, no Coliseu dos Recreios a 21 de maio.
Na cerimónia serão conhecidos os vencedores num vasto leque de categorias que abrange desporto, moda, música, teatro, revelações e, obviamente, cinema.
Os nomeados para os Globos de Ouro na categoria de cinema são:
Melhor Filme
Cartas de Guerra de Ivo M. Ferreira
Cinzento e Negro de Luís Filipe Rocha
John From de João Nicolau
O Ornitólogo de João Pedro Rodrigues
Melhor Ator
Miguel Borges em Cinzento e Negro
Filipe Duarte em Cinzento e Negro
Nuno Lopes em Posto Avançado do Progresso
Miguel Nunes em Cartas de Guerra
Melhor Atriz
Maria João Abreu em A Mãe é que Sabe
Joana Bárcia em Cinzento e Negro
Mónica Calle em Cinzento e Negro
Ana Padrão em Jogo de Damas
Numa feira de vaidades que normalmente é o espetáculo do Coliseu, a 21 de maio saberemos quem serão os escolhidos onde, em somente três categorias, Cinzento e Negro lidera com cinco nomeações, logo seguido por Cartas de Guerra com duas.
Fica, para já, a clarividência de alguma mente iluminada da SIC ou da Caras que finalmente percebeu que a Bárbara Guimarães já não se adequava minimamente ao papel de cicerone das nossas "estrelas".
Terminada que está a visualização da terceira temporada (T3) de The Good Wife, está na altura de apresentar alguns comentários sobre as alterações no seio da família Florrick e de como a Lockhart & Gardner se estava a dar com a crise financeira de 2011 e 2012.
The Good Wife – Temporada 3, 2011, de Michelle King e Robert King, com Julianna Margulies, Matt Czuchry, Archie Panjabi, Makenzie Vega, Graham Phillips, Alan Cumming, Josh Charles, Christine Baranski, Chris Noth, Monica Raymund, Anika Noni Rose, Michael Boatman, Lisa Edelstein, Michael J. Fox, Dylan Baker, Jill Flint, Matthew Perry, Mike Colter, Denis O’Hare, Chris Butler, Titus Welliver, Gary Cole, Martha Plimpton, Mamie Gummer, Rita Wilson, Joe Morton, Carrie Preston.
A vida de Alicia Florrick (Julianna Margulies) não parece ter sofrido grandes alterações. As suas rotinas continuam semelhantes entre os problemas caseiros e o escritório. Uma grande alteração nesta temporada é a mudança de atitude perante Kalinda (Archie Panjabi).
Este vai ser um tempo estranho entre as duas onde o distanciamento vai ser a palavra de ordem. Esta estranheza só vai ser quebrada (ou começar a ser) quando Kalinda "descobre" a filha de Alicia que se pensava estar desaparecida.
As personagens de Alicia e Kalinda vão crescendo bastante e estando Alicia mais segura e menos artificial, sendo que os produtores até começaram a mudar o cabelo de Alicia (private joke ver post da temporada 2).
Kalinda por seu lado continua misteriosa mas aqui vamos recebendo algumas pistas que serão concretizadas em pleno da temporada 4.
As coisas no escritório vão estando complicadas e aparecem problemas financeiros relacionados com a crise que vão resultando em despedimentos e redução de área de escritório.
A situação profissional de Will começa a ser investigada pelo Gabinete do State's Attorney Peter Florrick através de uma Special Prossecutor Wendy Scott-Carr (Anika Noni Rose), sobre alegações de corrupção sobre juízes (o jogo de basquetebol das quartas-feiras, que entre nós poderia se chamar de trafego de influências) e furto de fundos de contas de clientes (bagagem muito antiga).
Infelizmente para Will e para a firma o resultado desta investigação não terá bons resultados e irá acarretar pesadas consequências profissionais.
Os embates entre a Lockart Gardner e o brilhante advogado Louis Canning (Michael J. Fox) continuam e inclusivamente tem uma conclusão muito inesperada e potencialmente desastrosa para a firma de Diane e Will no fecho da temporada "The Dream Team".
O sucesso comercial desta série é amplamente reconhecido pelos media da especialidade, e no Sessão da Meia Noite facilmente percebemos o porque desta situação.
A qualidade dos argumentos dos episódios aliada às interpretações consegue entregar-nos um conjunto muito coeso, com muita qualidade e que facilmente nos atrai ao universo de The Good Wife.
O drama misturado amiúde com pitadas de comédia inteligente fazem com que facilmente nos rimos dos problemas caseiros de Alicia e Peter da mesma maneira que observamos as particularidades dos juízes que trazem um colorido especial às sessões de tribunal.
Esta temporada pareceu-nos melhor um claro crescimento sobre a temporada anterior e mantêm o nosso interesse para os futuros desenvolvimentos das vidas de Alicia, Kalinda, Diane, Will e companhia.
Como hoje em dia há dias para tudo, claro que também teria que haver um dia que celebrasse o universo Star Wars. Mas de onde partiu isto tudo?
Como é do conhecimento popular, o primeiro filme da saga Star Wars foi lançado em 1977 e rapidamente se tornou uma obra de culto, complementada pelos filmes seguintes e, por uma gestão muito bem cuidada da marca feita por George Lucas e a sua Lucasfilm.
O dia foi escolhido, não se sabe por quem nem exatamente quando, devido as leituras livres da frase icónica "May the force be with you". Daqui a "May the fourth be with you" foi um pulinho.
Esta referência foi usada pela primeira vez em a 4 de maio de 1979, no dia em que Margaret Thatcher foi empossada primeira ministra do Reino Unido.
O folclore popular diz-nos que o Partido Conservador colocou um anúncio de congratulações no The London Evening News dizendo "May the Fourth Be with You, Maggie. Congratulations".
Contudo, a primeira celebração organizada do Star Wars Day só aconteceu em 2011 no Toronto Underground Cinema no Canada.
Organizada por Sean Ward e Alice Quinn, as festividades incluíam concursos de trivia sobre os filmes, concursos de fantasias de personagens de Star Wars, e uma grande multitude de iniciativas relacionadas com o universo dos filmes.
Desde 2013, The Walt Disney Company (atual detentora dos direitos de Star Wars) celebra este dia nos seus parques de diversões com diversos eventos alusivos onde os seus visitantes são emersos no Universo Star Wars de modo a aumentar o número de seguidores da saga.
No Sessão da Meia Noite somos grandes apreciadores da saga e como nossa homenagem deixamos um vídeo partilhado no último Star Wars Celebration de Orlando onde foi relembrada e celebrada Carrie Fisher na eterna Princesa Leia.
Inevitavelmente, no Sessão da Meia Noite, vamos sempre retornando aos clássicos. Neste caso, uma obra de 1987 que revelou um dos grandes atores da atualidade - Christian Bale.
Empire of the Sun - O Império do Sol, 1987, de Steven Spielberg, com Christian Bale, John Malkovich, Miranda Richardson, Nigel Havers, Joe Pantoliano, Leslie Phillips, Masatô Ibu, Emily Richard, Rupert Fraser, Peter Gale, Takatarô Kataoka, Ben Stiller, David Neidorf, Ralph Seymour, Robert Stephens.
O filme relata a história de um rapaz, James "Jim" Graham - Christian Bale, que vivia com a sua família em Xangai, China, no meio de uma classe privilegiada de oficiais e dignitários estrangeiros. Este equilíbrio de classes e privilégios veio a ser perturbado pela invasão japonesa de Xangai a 8 de dezembro de 1941.
Separado da sua família, James é enviado para o campo de confinamento de Soo Chow, ao lado de um aeródromo chinês também ele capturado pelos Japoneses.
No meio da desgraça, doença e falta de comida, James, ou Jim como todos lhe chamavam, vai tentando reconstruir a sua vida, trazendo um pouco de esperança e dignidade à vida dos seus colegas prisioneiros.
A sua paixão pela aviação vai sendo alimentada pelos caças zero japoneses estacionados próximo da sua camarata e pelos rituais de partida dos guerreiros Kamikaze para a sua derradeira missão trazem-lhe estranheza e ao mesmo tempo fascínio.
Esta paixão vai mesmo colocá-lo no meio do perigo aquando de um bombardeamento do campo de confinamento onde Jim tenta ver os aviões atacantes o mais próximo possível.
Num épico de guerra sobre a Segunda Guerra Mundial, Steven Spielberg consegue mais uma vez, espalhar o seu brilhantismo e imenso génio cinematográfico num filme que tem grandes interpretações, revelou um dos melhores atores da atualidade, e retrata uma parte do conflito que nunca foi muito conhecida.
O filme é em tudo excelente e a qualidade que já se conseguia vislumbrar em Christian Bale só foi apurada por outro grande senhor do cinema: John Malkovich.
Toda a qualidade que nós também testemunhámos, foi também reconhecida pelos Óscares da Academia que lhe atribuíram 6 nomeações em 1988: Melhor Cinematografia, Melhor Direção Artística, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Som, Melhor Edição e Melhor Banda Sonora Original.
Curiosamente, 1988 foi o ano de O Último Imperador de Bernardo Bertolucci que arrecadou todos os prémios nas categorias em que O Império do Sol estava nomeado.
Mas estes reveses de reconhecimento não tiram, de modo algum, o mérito que é seu por direito.
Este filme é excelente e merece ser visto por todos, apesar de em alguns momentos o realismo das situações de guerra conseguir ser extremamente chocante para quem está deste lado, a torcer para que um pequeno rapaz indefeso consiga encontrar a sua família.
No Sessão da Meia Noite somos muito apreciadores do trabalho de Clint Eastwood, seja como ator, ou na cadeira de realizador. Desta vez apresentamos um trabalho de 2006, em que Clint Eastwood tomou as rédeas do filme na pele de realizador.
Letters from Iwo Jima - As Cartas de Iwo Jima, 2006, de Clint Eastwood, com Ken Watanabe, Kazunari Ninomiya, Tsuyoshi Ihara, Ryo Kase, Shidô Nakamura, Hiroshi Watanabe, Yuki Matsuzaki, Takashi Yamagushi, Eijiro Ozaki, Nae, Lucas Elliot Ebert, Sonny Saito.
Clint Eastwood decidiu prestar homenagem a uma das mais relevantes batalhas americanas da Segunda Guerra Mundial, que os Americanos consideravam essencial para o esforço de guerra, uma vez que o arquipélago em questão se localiza a cerce 1.200 km de Tóquio.
Este filme teve por base o resultado de escavações arqueológicas em Iwo Jima e os seus resultados em 2005, nomeadamente cartas de oficiais e soldados japoneses às suas famílias aquando da tentativa de tomada da ilha pelos americanos.
Estes relatos trouxeram uma perspetiva diferente aos acontecimentos da batalha, uma vez que, não lhe eram conhecidos relatos japoneses na primeira pessoa, pois não houve quaisquer sobreviventes japoneses da batalha.
A dramatização construída por Clint Eastwood, num drama de guerra, mostra as agruras da guerra, de uma perspetiva sem saída, onde a derrota era eminente e a captura não era uma hipótese.
A escolha do elenco foi propositadamente constituída por atores japoneses pouco conhecidos no ocidente, com a única exceção de Ken Watanabe no papel do General Kuribayashi.
Este filme funciona como complemento do filme Flags of our Fathers - As Bandeiras dos nossos Pais (2006) também de Clint Eastwood, onde é apresentada a visão americana da batalha.
Curiosamente, o lançamento de Cartas de Iwo Jima foi antecipada pois As Bandeiras dos Nossos Pais teve pouco sucesso comercial e os estúdios decidiram aproveitar o momento e lançar logo o segundo filme.
A aposta foi ganha e, Cartas de Iwo Jima teve uma performance de bilheteira muito melhor que o seu antecessor, tendo sido aclamado por público e crítica como uma grande obra do cinema de guerra.
A escolha de um elenco maioritariamente desconhecido coloca o foco da história no argumento o que, muito inteligentemente, beneficia este filme que tinha tudo para não vencer no mercado americano uma vez que é quase todo falado em Japonês.
Apesar de não ser um estilo favorito no Sessão da Meia Noite, foi uma agradável experiência de um filme reconhecidamente de grande valor e qualidade.