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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

The Hire - Beat The Devil

A segunda temporada da série The Hire teve somente três curtas-metragens. A última delas - Beat The Devil, foi realizado por Tony Scott, e é uma homenagem ao Rei da Soul - James Brown, .

 

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James Brown é uma personagens principais, fazendo de si mesmo, juntamente com o nosso habitual Driver - Clive Owen. A contrabalaçar os protagonistas temos Gary Oldman e Danny Trejo nos papéis do diabo e do seu ajudante.

 

O argumento assenta em James Brown e no seu sucesso, que nesta história, advém de um contrato feito, à muitos anos, com o diabo. A renegociação assenta numa aposta ao melhor estilo de Fast & Furious: uma corrida no Strip de Las Vegas, ao melhor estilo de winner takes all, com James Brown a confiar nos talentos do nosso Driver para vencer a aposta ao volante do seu BMW Z4 3.0i Roadster.

 

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Além desta "chuva de estrelas", temos ainda um cameo de Marilyn Manson que, como não seria de estranhar, mora no mesmo andar que o diabo.

 

Para os interessados aqui fica o episódio de The Hire - Beat The Devil.

 

 

 

House M.D. - Temporada 1

Uma das séries favoritas da Sessão da Meia Noite foi House M.D.. Num acesso de nostalgia (mais ou menos recente) estamos a ver, ou a rever no caso de alguns episódios, esta série e aqui deixamos os nossos comentários à sua primeira temporada.

 

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House M.D. - Dr. House - Temporada 1, 2004, criada por David Shore e Paul Attanasio, com Hugh Laurie, Lisa Edelstein, Robert Sean Leonard, Jesse Spencer, Jennifer Morrison, Omar Epps, Chi McBride, Sela Ward.

 

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House M.D., ou simplesmente House, conta-nos as histórias que rodeiam o Dr. Gregory House (Hugh Laurie), um médico pouco convencional, viciado em comprimidos para as dores, mas que no seu estilo que aliena tudo e todos, é um génio médico.

 

House, além de ser especialista em doenças infecciosas e nefrologista, é chefe do departamento de medicina de diagnóstico do Hospital Princeton-Plainsboro Teaching Hospital em New Jersey, E.U.A. (fictício).

 

Com ele trabalha um equipa de três médicos: o cirurgião intensivista Dr. Robert Chase (Jesse Spencer), a imunologista Dr.ª Allison Cameron (Jennifer Morrison) e o neurologista Dr. Eric Foreman (Omar Epps).

 

Os protagonistas da série ficam completos com o chefe de oncologia Dr. James Wilson (Robert Sean Leonard) e a diretora do hospital Dr.ª Lisa Cuddy (Lisa Edelstein) endocrinologista.

 

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Cameron, Chase, Foreman, House, Wilson e Cuddy. 

 

Todos os episódios desta temporada aborda um caso que ocupa a equipa de House e todos os seus recursos mentais. House é obcecado em descobrir a causa das situações e, por vezes, leva a sua obsessão a extremos como negligenciar a opinião e as ordens dos seus colegas, as indicações das autoridades e até a vontade dos doentes.

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Esta obsessão vai arrastando os seus colegas para situações desagradáveis mas, ao mesmo tempo, vai ajudado no crescimento das personagens.

 

Nesta situação está a Allison Cameron que começa a série muito apagada e quase com medo de falar e que cresce ao ponto de fazer com que House lhe peça para ficar na equipa.

 

Os casos são sempre estranhos, intrigantes e fora do normal, ou não fosse essa estranheza e/ou originalidade que desperta a curiosidade de House. As resoluções surgem quase sempre de uma coincidências ou situações inusitadas que fazem "acender uma luz" na cabeça de House.

 

 O melhor de House M.D. - Temporada 1

 

A personalidade de House tem um papel muito forte na construção da sua personagem pois todo o seu génio vem misturado com uma grande capacidade de alienar os outros, amigos ou inimigos, e uma brutal frontalidade misturada com sarcasmo.

 

Os casos simples só o fazem mais impaciente e por isso passa a vida a tentar livrar-se do trabalho na clínica do Hospital - algo semelhante às nossas urgências, por vezes escondendo-se nos sítios mais improváveis ou inadequados como a morgue ou quarto de um paciente em coma.

 

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Chi McBride como Edward Vogler

 

No episódio 14 - "Control", surge na história um dos dois personagens recorrentes desta temporada, que vai tentar contrabalançar a prepotência de House no Hospital. O bilionário Edward Vogler (Chi McBride) doa 100 milhões de dólares ao hospital e com isso "só" pede a presidência do Conselho de Administração.

 

Vogler, que é dono de uma farmacêutica, tem como objetivo gerir o hospital como uma empresa e nisso encontra a forte oposição de House, num braço de ferro que vai durar seis episódios, até que a corda parte para o lado do mais ... forte (aparentemente).

 

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O outro personagem recorrente desta temporada aparece no episódio 21 - "Three Stories" e passa para a temporada 2. Trata-se da ex-namorada de House, a advogada Stacy Warner (Sela Ward) que contacta House para ele diagnosticar o seu marido. Ela acaba por ser contratada como apoio jurídico do hospital, causando ainda mais confusão nas relações e sentimentos de House.

 

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Stacy e House

 

A apoiar a trama, como se tal ainda fosse necessário, nos casos de cada episódio, há ainda atores de renome a completar o ramalhete, como Robin Tunney (O Mentalista), Kenneth Choi (O Lobo de Wall Street), Elizabeth Mitchell (Perdidos), Stacy Edwards (Como Defender um Assassino), Dominic Purcell (Prison Break), McNaly Sagal (Sons Of Anarchy), Amanda Seyfried (Mamma Mia), Patrick Bauchau (The Pretender), Joe Morton (Scandal), John Cho (Star Trek), Christina Cox (Dexter), Peter Graves (Missão Impossível) e Carmen Electra (Scary Movie), para mencionar só alguns.

 

 

O feitio de House e as suas relações de amor/ódio com os colegas e pacientes, fazem desta série um marco no género que conseguiu cativar público e critica. Logo na temporada de estreia foi nomeada em cinco categorias nos Primetime Emmys e ganhou o Emmy para melhor argumento numa série dramática, Hugh Laurie também venceu o Globo de Ouro para melhor ator numa serie dramática de televisão.

 

No Sessão da Meia Noite somos fãs incondicionais do médico disfuncional cuja frase favorita é "everybody lies" e só podemos dizer que adorámos esta série e, em especial esta temporada de apresentação.

 

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Com uma grande qualidade de produção e realização de cada episódio, esta temporada é um pouco sombria, à semelhança da tortuosa e torturada alma de House.

 

É um MUST SEE! sem sombra de dúvida.

The Hire - Ticker

O segundo episódio da série The Hire foi lançado pouco tempo após o primeiro e foi escrito e realizado por Joe Carnahan (Strecth, The Grey, The A-Team).

 

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Especializado em filmes de ação, Joe Carnahan pega no nosso Driver Clive Owen e coloca-o no meio de um chuva de tiros de um helicóptero, a fazer o transporte de Don Cheadle com uma mala misteriosa que transporta "Salvation".

 

Perseguidos por homens armados, a missão do nosso Driver, ao volante de um BMW Z4 Roadster, parece impossível.

 

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Este curto exercício de ação, utiliza como suporte os actores F. Murray Abraham (Grand Budapest Hotel), Ray Liotta (Goodfellas), Robert Patrick (Terminator 2 Judgment Day), Clifton Powell (Ray) e Dennis Haysbert (24).

 

Aqui fica este episódio não muito memorável da série The Hire - Ticker.

 

 

Café Society de Woody Allen

Um dos realizadores que o Sessão da Meia Noite sempre respeitou muito foi Woody Allen.

 

Apesar de tudo, goste-se ou não, um filme de Woody Allen tem sempre o potencial de nos entregar histórias bom construídas e, por vezes, até divertidas. Assim, falamos hoje da sua última experiência como realizador.

 

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Café Society, 2016, de Woody Allen, com Jesse Eisenberg, Kirsten Stewart, Steve Carell, Sheryl Lee, Jeannie Berlin, Corey Stoll, Blake Lively, Parker Posey, Ken Stott, Richard Portnow, Tess Frazer, Sari Lennick.

 

Woody Allen não é um realizador consensual, e ao longo dos anos foi reunindo muitos anticorpos na comunidade cinematográfica e cinéfila. No entanto, é dos realizadores mais regulares em atividade.

 

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Desde A Midsummer Night's Sex Comedy - Uma Comédia Sexual numa Noite de Verão de 1982 que todos os anos é lançado um filme realizado por si.

 

Este ano fomos brindados com uma comédia romântica, com um toque de drama, contada como uma novela, que recorre a um narrador, que neste caso é o próprio realizador.

 

O argumento consiste numa história passada nos anos 30, no meio dos agentes de estrelas de cinema.

 

Bobby Dorfman (Jesse Eisenberg) é um jovem nascido no seio de uma família judia do Bronx, mas que tem aspirações diferentes daquelas disponíveis em New York. Decide viajar para Los Angeles para trabalhar com o seu tio Phil Stern (Steve Carell) que é agente de talentos em Hollywood.

 

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Disponível, simpático e bem-falante, Bobby consegue o trabalho com o tio e apaixona-se pela sua secretária Verónica "Vonnie" Sybil (Kirsten Stewart). O namoro acontece mas, ao mesmo tempo, Vonnie estava envolvida numa outra relação, de cariz mais imoral.

 

Vonnie é o ponto constante ao longo de toda a história. A primeira parte do filme joga com o triângulo amoroso entre Vonnie, Bobby e o outro homem na sua vida que, curiosamente, descobrimos que é Phil Stern, o tio de Bobby (que é casado).

 

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A segunda parte da história ocorre alguns anos mais tarde que a primeira, e tem quatro protagonistas principais. Aos três anteriores junta-se Veronica Hayes (Blake Lively) - a mulher de Bobby. A realidade é outra, as relações alteraram-se mas os quatro elementos continuam em confronto, pondo à prova a integridade das suas relações amorosas.

 

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Este filme foi para nós uma surpresa pois revelou-se muito melhor do que estávamos à espera.

 

Começando pelo argumento. A história escrita por Woody Allen é cativante e tão bem construída que facilmente nos leva a acreditar na teia amorosa construída no meio de Hollywood e, mais tarde, em New York.

 

Quanto às interpretações, temos os talentos comprovados de Jesse Eisenberg e Steve Carell (que comprova a sua grande capacidade dramática) além de Kirsten Steward e Blake Lively (que recentemente falámos em The Shallows).

 

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O desenrolar da história é muito fluído e, apesar das teia amorosa, fácil de acompanhar, e demos connosco a, inconscientemente, escolher um personagem "favorito" pelo qual torcíamos por um final feliz.

 

Este é um bom filme, que nos entrega um romance com as usuais trocas e baldrocas de Woody Allen, divertido e cativante. É uma garantia de um tempo bem passado.

 

 

The Hire - Hostage

A segunda temporada da série The Hire estreou em outubro de 2002, com uma curta-metragem de cerca de 10 minutos entitulada Hostage.

 

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Sob o comando de John Woo, o Driver Clive Owen participa num resgate de uma refém numa situação extrema onde o raptor se tenta suicidar sem libertar a refém.

 

Com o mesmo empenho na tarefa demonstrado na primeira temporada, o Driver tenta descobrir a localização da refêm com a ajuda dos meios tecnológicos do FBI e a da sua perícia de condução ao volante de um BMW Z4 3.0i Roadster.

 

Neste primerio episódio é possivel verificar que aumentou o nível de espetacularidade, numa curta mais produzida que os episódios anteriores.

 

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Os protagonistas, além de Clive Owen e do seu Z4, são Maury Chaikin (A Arte da Guerra) e Katheryn Morris (a Lilly Rush de Casos Arquivados).

 

De seguida apresentamos o episódio Hostage da série The Hire.

 

 

 

O Mascarilha - The Lone Ranger

O Sessão da Meia Noite fez recentemente uma viagem pelos filmes de heróis da banda desenhada que vimos nos anos 80, e desta vez falamos de O Mascarilha.

 

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A origem da história do Mascarilha não tem mudado muito ao longo dos anos nas diversas adaptações realizadas.

 

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 O Mascarilha é Dan Reid, o último sobrevivente de um grupo de seis Rangers do Texas, apanhados numa emboscada preparada pelo bando de Butch Cavendish, vítimas da traição de um "amigo" - o pisteiro Collins (que afinal pertencia ao bando de Cavendish).

 

 A primeira aparição do Mascarilha foi numa série de um programa da rádio WXYZ (que era ouvida na área de Detroit, Michigan, USA) em 1933, onde eram relatadas as suas aventuras, com o brilho característico da radiofonia de antigamente.

 

A série teve 2.956 episódios radiofónicos (foi cancelada em 1954) e, devido ao seu sucesso, da WXYZ, passou para a Mutual Broadcasting System e, mais tarde, para a Blue Network (propriedade da NBC), que mais tarde viria a ser a ABC.

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Com esta base, foi criada uma série de banda desenhada que teve 26 episódios, que estreou nos Estados Unidos em 1966 e foi exibida até 1969.

 

Ora foram estes desenhos animados, que nós vimos nos anos 80, nos blocos de animação da RTP, e foi aí que o Mascarilha e o seu fiel amigo Tonto deixaram a sua marca.

 

A testemunhar a sua popularidade, o Mascarilha já teve seis adaptações ao cinema e aqui falamos da mais recente experiência.

 

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The Lone Ranger - O Mascarilha, 2013, de Gore Verbinski, com Johnny Depp, Armie Hammer, William Fichtner, Tom Wilkinson, Ruth Wilson, Helena Bonham Carter, James Badge Dale, Barry Pepper.

 

O argumento do filme apresenta a origem do Mascarilha a partir de um advogado/Ranger do Texas (Armie Hammer), cheio de princípios que, alvo de uma emboscada, é salvo por um índio estranho, conhecido como Tonto (Johnny Depp), e a sua busca por justiça pela morte dos seus companheiros.

 

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O filme, que foi muito mal amado pela crítica, perde-se um pouco com efeitos especiais e não consegue tirar vantagem do carisma criado, ao longo dos anos, pelos heróis do Oeste Selvagem.

 

A Walt Disney Pictures e a Jerry Bruckheimer Films, apesar de terem trabalhado com um orçamento de cerca de 225 milhões de dólares, foram muito criticados pela excessiva grandiosidade dos efeitos e cenários, não seguindo da tradição da simplicidade criada na primeira metade do século XX.

 

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Apesar dos comentários menos positivos da crítica, e dos excessos característicos de Jerry Bruckheimer, o filme acaba por não ser uma má experiência. É divertido e está bem construído, assente na qualidade da interpretação de Johnny Depp, Armie Hammer e David Fichtner, excelentemente secundados por Tom Wilkinson e Ruth Wilson (a grande Alice Morgan de Luther).

 

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A dicotomia Mascarilha - Tonto foi criada com laivos de comédia, desdramatizando todo o peso da história que, no fundo, é triste e pesada moralmente.

 

Temos assim um western cómico, cheio de efeitos visuais, que vale pelas interpretações e não é tão mau como os "especialistas" apregoam. A provar esta nossa opinião estão as duas nomeações para Óscares em 2014, além de muitas outras referências em prémios importantes.

 

 

Vejam, e não deixem que outros influenciem a vossa opinião. Hi-Yo Silver!

Bastidores de Transformers The Last Knight

Em dia apresentação de bastidores de filmes com estreias próximas, ou como os anglo-saxónicos lhe gostam de chamar featurette, aqui deixamos uma amostra dos bastidores do proximo filme da saga Transformers de Michael Bay com Anthony Hopkins, Mark Wahlberg e Laura Haddock nos principais papéis.

 

 

O filme tem estreia nacional agendada para 22 de junho de 2017. 

The Hire - Powder Keg

Na quinta e última curta-metragem da primeira "temporada" da série The Hire, temos Alexandro González Iñárritu aos comandos de uma história sobre um fotografo de guerra.

 

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O nosso Driver Clive Owen é encarregue de recuperar de uma zona perigosa o fotógrafo de guerra Harvey Jacobs - Stellan Skarsgard ( o Dr. Selvig de The Avengers de 2012). Harvey está ferido e é necessário transporta-lo para perritório seguro e cuidados médicos o mais rapidamente possivel.

 

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No seu caminho, Harvey partilha com o Driver os horrores que partilhou ao longo dos anos e a sua inabilidade em ajudar as vitimas de guerra cujos conflitos terstemunhou. Perseguidos por terra e ar, são confrontados por militares na hostis na fronteira e forçados a fugir para segurança, não sem antes o nosso fotografo sofrer o infeliz dos desfechos.

 

Esta curta tem a história mais trabalhada de todas desta primeira temporada, num registro propositadamente "sujo", para demonstrar as dificuldades e a precaridade da vida de um reporter em território hostil.

 

As referências marcantes deste exercicio são Clive Owen, Stellan Skarsgard e Lois Smith, numa publicidade ao BMW X5 3.0i.

 

Aqui fica mais um episódio de The Hire entitulado Powder Keg (Barril de Pólvora) num tema, infelizmente, ainda muito atual.

 

 

Mães à Solta

Num registo leve e divertido o Sessão da Meia Noite viu à pouco tempo o mais recente filme com Mila Kunis.

 

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Bad Moms - Mães à Solta, 2016, de Jon Lucas e Scott Moore, com Mila Kunis, Kathryn Hahn, Kristen Bell, Christina Applegate, Jada Pinkett-Smith, Annie Mumolo, Oona Laurence, Emjay Anthony, David Walton, Clark Duke, Jay Hernandez, Wendell Pierce.

 

Por vezes os filmes mais leves, e que à partida não nos atrairiam, passam a ser propostas interessantes quando estamos só a tentar passar um bom bocado, divertido e em boa companhia.

 

Assim, decidimos ver esta comédia sobre a sobrecarga de trabalhos das mães que tentam ser super-heroínas para agradar aos filhos.

 

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Katherine Hahn,  Mila Kunis, Jada Pinkett-Smith, Christina Applegate, Kristen Bell, Annie Mumolo

 

Amy (Mila Kunis) tem dois filhos e um casamento aparentemente perfeito. Contudo, encontra-se sobrecarregada pelo trabalho e pelas imensas tarefas que desenvolve na escola dos filhos e nas mais diversas atividades que eles praticam.

 

Á beira da rutura, por excesso de stress e cansaço, Amy junta-se a duas outras mães, também super stressadas - Carla (Katherine Hahn) e Kiki (Kristen Bell), numa busca de libertação desta pressão auto infligida, libertando-se das responsabilidades convencionais que a sociedade lhes impõe.

 

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No meio de diversas peripécias hilariantes, vemos estas mães a virarem 180º no rumo das suas vidas e das suas pseudo responsabilidades, dedicando mais tempo a elas próprias, divertindo-se e aumentando a sua auto estima.

 

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O filme, não sendo nenhuma obra-prima, está bem construído e as personagens dão vida a um argumento que acaba por ser muito próprio da sociedade americana, mas muito divertido nos exageros que lhes são peculiares.

 

Não se trata de uma receita nova mas o filme cumpre os objetivos a que se propõe, ou seja, diverte sem ser maçador ou demasiado repetitivo. É uma boa aposta para passar 100 minutos divertidos e despreocupados sem o peso do dia-a-dia.

 

 

Narcos com Pronúncia Nacional

Mais um ator português consegue o reconhecimento da sua qualidade a nível internacional. Desta vez, foi Pêpê Rapazote o escolhido para integrar o elenco da série Narcos na sua terceira temporada.

 

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Narcos está num ponto de viragem pois Pablo Escobar morreu, o que representou a saída de Wagner Moura do elenco, e assim o foco da história terá forçosamente que mudar, levando os produtores a procurarem opções que possibilitem colmatar essa saída.

 

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Pêpê Rapazote junta-se aos reforços Michael Stahl-David (Nome de Código: Cloverfiel) e Matt Whelan (Go Girls) também recentemente confirmados para a terceira temporada.

 

Rapazote, que em 2013 já havia participado em dois episódios de Shameless - No Limite, juntando-se aos internacionais Joaquim de Almeida (Velocidade Furiosa 5), Daniela Ruah (NCIS Los Angeles), Diogo Morgado (Son of God) ou Albano Jerónimo (Vikings).

The Hire - Star

O quarto episódio das short-stories The Hire, é realizado sob a batuta de Guy Ritchie, num registo cómico de ação, onde uma "superstar" é relembrada da sua real importância.

 

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Nesta curta intitulada Star, o nosso driver Clive Owen é confrontado com uma superstar que está habituada a que lhe satisfaçam todos os caprichos e vontades, e que aqui vai receber uma lição em humildade, de alguém que não é em nada impressionada pelo seu artificial superstatus.

 

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A superstar é interpretada por Madonna, numa curta-metragem escrita por Joe Sweet e Guy Ritchie, e o carro apresentado é o BMW M5.

 

Aqui fica o penúltimo episódio da primeira série de The Hire - Star.

 

 

Mr. Church

Estreou no passado dia 16 de setembro, um filme que nos levantou a curiosidade pois é um registo fora do normal para o ator em questão. Eddie Murphy retorna aos grandes écrans, pela primeira vez desde 2011, num drama surpreendente.

 

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Mr. Church, 2016, de Bruce Beresford, com Eddie Murphy, Britt Robertson, Natasha McElhone, Xavier Samuel, Lucy Fry, Christian Madsen, McKenna Grace.

 

Eddie Murphy é Henry Joseph Church, um cozinheiro talentoso que é contratado para ajudar uma pequena família - a mãe Marie (Natascha McElhone) e a filha Charlotte (Britt Robertson). Marie encontra-se gravemente doente, e com uma esperança de vida muito curta.

 

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Contudo, o compromisso que originalmente seria de 6 meses transformou-se em 15 anos, possibilitando o crescimento de laços fortes entre os três protagonistas.

 

Mr. Church, durante dia, faz todas as tarefas disponíveis desde cozinhar, arrumar a casa, dar os medicamentos a Marie, acompanha-la à quimioterapia, ajudar na educação de Charlotte, enfim, quase todos os papéis do homem da casa.

 

No entanto, o acordo entre eles previa que, após o final do dia, a privacidade de Mr. Church era primordial, e não estaria disponível para ser partilhada com a família.

 

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Com o avançar do filme vamos percebendo que Mr. Church tem muitos demónios do seu passado e que este seu "trabalho" diurno também serve para compensar o Karma da sua alma por problemas antigos.

 

O realizador Bruce Beresford (Driving Miss Daisy - Miss Daisy de 1989 e Double Joepardy - Duplo Risco de 1999) tem aqui um grande desempenho orientando os três protagonistas pelo meio de um argumento dramático forte, com uma perspetiva de redenção, conhecimento individual e, aquilo que realmente é importante para cada um.

 

O argumento escrito por Susan McMartin é baseado na sua historia de vida e no real Mr. Church que a guiou na sua descoberta da vida, das suas vicissitudes e dos seus demónios, à semelhança daquilo que o realizador conseguiu transmitir para a tela.

 

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 Bruce Beresford, Susan McMartin, Britt Robertson e Lee Nelson

 

Este filme foi uma surpresa muito agradável para o Sessão da Meia Noite pois, ainda que sejamos fãs de Eddie Murphy no seu registo cómico de ação usual, nunca tinha existido a oportunidade de o ver num papel mais sério.

 

É uma experiência impressionante que nos apresenta uma história de alguém que, mesmo com os defeitos que todos temos, consegue ajudar os outros de um modo fora do normal, constituindo assim uma marca indelével nas suas vidas.

 

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Este é um retorno em grande de Eddie Murphy, que aqui comprova para os mais desatentos que se tornou num ator mais completo, capaz de construir figuras difíceis e complexas emocionalmente, e com uma grande capacidade de atrair o público.

 

Quem quiser conhecer melhor a história de Susan McMartin e de Mr. Church siga a ligação para um artigo da revista Forbes.

 

Pelo história, realização e interpretações, é um filme a não perder.

 

 

The Hire - The Follow

O terceiro episódio das short-stories The Hire, tem um tema um pouco diferente dos anteriores e um registo completamente diferente.

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The Follow apresenta o nosso Driver Clive Owen a seguir uma mulher a pedido do empresário do seu marido, que é um ator de renome, e que desconfia que a mulher o está a enganar. Ao mesmo tempo que segue a mulher, o Driver faz de narrador e transmite-nos como se deve proceder numa vigilância deste tipo.

 

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Com a participação de Mickey Rourke, Adriana Lima e Forest Whitaker, e direção do cineasta de Hong Kong Wong Kar-Wai, este filme publicitário apresenta um contexto mais denso e complexo que os anteriores, com uma qualidade superior, mostrando os modelos BMW 328i Coupé e o roadster Z3.

 

Aqui fica o episódio The Follow da série The Hire.

 

 

 

The Shallows - Águas Perigosas

Numa experiência muito antecipada, o Sessão da Meia Noite teve recentemente a oportunidade de ver o mais recente filme de terror sobre tubarões.

 

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The Shallows – Águas Perigosas, 2016, de Jaume Collet-Serra, com Blake Lively, Óscar Jaenada, Brett Cullen, Sedona Legge, Angelo Corzo, Pablo Calva, Diego Espejel, Sully Seagull.

 

Este filme representa a primeira expressão credível (e aqui queremos enfatizar este adjetivo)  de filmes sobre tubarões desde Deep Blue Sea – Perigo no Oceano de 1999.

 

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Num filme bastante bem conseguido, Jaume Collet-Serra coloca Blake Lively no papel de uma jovem surfista (Nancy) à busca de um local especial, uma praia escondida, que lhe traz lembranças felizes com a sua mãe, recentemente desaparecida.

 

Nancy está destroçada, e sem rumo, após a morte de sua mãe, decidindo procurar algo que elas tinham em comum – uma praia escondida onde ambas surfaram quando ela era pequena.

 

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A praia é paradisíaca e exatamente como ela se lembrava. Já na água, após algumas ondas, Nancy descobre a carcaça de uma baleia que está a servir de alimento a um grande tubarão branco (nesta caso uma fêmea) que rondava o local.

 

A partir deste ponto temos instalado o contexto para uma luta pela sobrevivência de Nancy que, inadvertidamente, se tornou potencial alimento de tubarão, ao ter entrado na sua área de alimentação.

 

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Com um elenco mínimo, sendo que dos três protagonistas dois são animais, o realizador consegue um nível de suspense muito bom numa narrativa intensa, onde Nancy tenta fugir, como pode, ao destino aparentemente inevitável.

 

Ao fugir da carcaça, Nancy consegue nadar até um baixio, não sem antes ser mordida, onde encontra um companheiro - uma gaivota ferida, que ela acaba por chamar Steven Seagull. Aqui podemos ver alguma semelhança do Wilson de Cast Away - O Náufrago, mas com a diferença de neste filme o companheiro ser um animal.

 

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Numa praia longe de tudo e de todos, é muito complicado pedir por socorro. Dois outros surfistas que Nancy tinha conhecido quando chegou, proporcionam uma ajuda pouco convencional, dado que ambos também terão que lidar com o referido predador.

 

O filme não desilude, e traz de volta o medo incompreendido pelos tubarões, cuja agressividade tem aqui uma explicação muito clara, num excelente exemplo seguidor de clássicos como Jaws - O Tubarão.

 

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Blake Lively corresponde positivamente à confiança que o realizador depositou nela, e consegue carregar o filme na sua quase totalidade muito competentemente, construindo Nancy com uma grande carga dramática e um instinto de sobrevivência muito desenvolvido e cativante na tela.

 

É um filme muito bom para quem gosta de suspense e de thrillers dramáticos, num exemplo muito bem construído, próximo da realidade, sem os sensacionalismos exacerbados de outros títulos que também usam os tubarões como leitmotiv.