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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Narcos - Temporada 1

As novas plataformas de comunicação fazem chegar até nós um mundo novo de séries e filmes que fogem aos padrões habituais dos grandes estúdios e cadeias de televisão. O Netflix é disso exemplo, e desta vez o Sessão da Meia Noite apresenta a primeira temporada de uma das suas séries mais populares.

 

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Narcos – Temporada 1, 2015, de Carlo Bernard, Chris Brancato, Doug Miro e Andrew Eckstein, com Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal, Paulina Gaitan, Joanna Christie, Raúl Méndez, Manolo Cardona, Diego Cataño, Jorge A. Jimenez, Bruno Bichir, Danielle Kennedy, Maurice Compte, Luiz Guzmán, Gabriela de la Garza.

 

Como nota introdutória, no Sessão da Meia Noite não tínhamos grande interesse nesta série quer pelo tema que focava – o tráfico de droga a partir da Colômbia, quer pela violência que continha.

 

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No entanto, toda a publicidade feita nos media da especialidade e nos blogs de cinema sobre a sua qualidade, levou-nos a um ver para crer.

 

As expectativas não foram frustradas e Narcos, nesta sua primeira temporada, revela-se muito acima da média (que hoje em dia já é alta), apresentando uma narrativa contemporânea sobre a vida de Pablo Escobar, que faz parte da história recente de todo o mundo ocidental.

 

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A série realizada e produzida pela mão de José Padilha, o brasileiro responsável pelos filmes Tropa de Elite (2007) e Tropa de Elite 2 (2010), e apresenta-nos Pablo Escobar num registo quase biográfico, construído a partir dos testemunhos dos dois agentes do DEA - Drug Enforcement Agency (Steve Murphy e Javier Peña) que acompanharam e participaram em todo o processo.

 

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Narcos revela-nos a história da ascensão e queda do narcotraficante mais conhecido de todos os tempos, através da perspetiva de Steve Murphy, que colaborou com as entidades colombianas na persistente caça ao homem que durou mais de 10 anos, e que levou ao seu desfecho final em 1993.

 

Mas isso é para outras temporadas...

 

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Esta primeira temporada foca as suas atividades desde os finais dos anos 1970 até 1992, quando Pablo Escobar foge da prisão La Catedral, numa altura em que o Governo da Colômbia o queria transferir de prisão, para mais tarde o extraditar para os Estados Unidos da América.

 

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Durante este período vamos percebendo o modo sanguinário e impiedoso com que Pablo construiu o seu império e criou a organização criminosa colombiana mais poderosa dos anos 1980 – o cartel de Medellín.

 

A série mostra-nos um Pablo Escobar com uma clara visão de futuro, ponderado, violento e sem medo.

 

Percebemos como foi possível o tráfico de droga para os Estados Unidos da América ter crescido de um modo sem igual no início da década de 80, e como, com o aumento do policiamento, a organização de Pablo foi tendo que encontrar métodos alternativos e engenhosos de chegar aos distribuidores Americanos.

 

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Este crescimento desmesurado trouxe lucros enormíssimos, que deram a Pablo meios inesgotáveis de continuar o seu negócio, lidar com a sua concorrência (o cartel de Cali que começou a crescer no final da década de 80) e as forças de segurança da Colômbia, sempre assessoradas pelos Estados Unidos da América.

 

A primeira temporada de Narcos tem 10 episódios e foi disponibilizada a 28 de agosto de 2015. A aceitação pelo público foi bastante positiva, acumulando excelentes críticas, juntamente com duas nomeações para Globos de Ouro (Melhor ator e Melhor Série de Televisão) e uma nomeação para um Bafta (Melhor Programa Internacional), entre outros.

 

 

Em suma, esta coprodução entre o Netflix e a Gaumont International, revela-nos uma visão quase documental da vida de Pablo Escobar, numa temporada excelente, com grandes interpretações (o Pablo Escobar de Wagner Moura é brilhante), numa cronologia muito bem construída de um modo muito original e sóbrio.

 

Apesar da violência inerente e sobejamente conhecida na história de vida de Pablo Escobar, esta série é a não perder pela sua originalidade e como documento quasi-biográfico, sobre a vida de um dos homens que chegou a estar na lista dos 10 mais ricos do mundo.

 

 Plata o Plomo? Usted Decide.

Curiosidades #6 Tom Hanks

Thomas Jeffrey Hanks, natural da Califórnia, a estrela do último filme de Clint Eastwood: Sully – Milagre no Rio Hudson, tem ascendência portuguesa por parte da mãe cuja família é toda de Portugal, nomeadamente dos Açores. O apelido original da família materna era “Fraga”, americanizado pela avó materna de Tom Hanks para “Frager”.

 

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Tom Hanks é um dos atores americanos mais reconhecido pelo público e galardoado pelos seus pares.

 

Como exemplo referimos que na década entre 1994 e 2004 foi um dos atores com mais nomeações para Óscares: quatro no total (juntamente com Sean Penn, Meryl Streep, Judi Dench e Ed Harris), tendo vencido em duas das ocasiões (mais que todos os restantes nesse período).

 

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Tipicamente vemo-lo a interpretar pessoas normais em situações extraordinárias, sendo esta a sua imagem de marca.

 

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O filme “Milagre no Rio Hudson” marca a sua estreia sob a batuta do realizador Clint Eastwood, sendo esta a segunda vez que Tom Hanks interpreta um aviador na vida real. O ator já foi Jim Lovell em Apollo 13 (1995).

 

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As notas de produção referem ainda que, o departamento de maquilhagem de “Milagre no Rio Hudson” teve algumas dificuldades surpreendentes em branquear o cabelo de Tom de modo que este fosse realista e persistente para as filmagens.