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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Refrigerantes e Canções de Amor

Após um interregno algo longo, O Sessão da Meia Noite volta ao cinema português, para falar de uma estreia da passada semana, nomeadamente um filme que tem tido bastante publicidade, essencialmente devido ao argumento ter sido escrito pelo humorista português que tem maior audiência na rádio nacional.

 

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Refrigerantes e Canções de Amor, 2016, de Luís Galvão Teles, com Ivo Canelas, João Tempera, Lúcia Moniz, Victoria Guerra, Jorge Palma, Sérgio Godinho, Ruy de Carvalho, Gregório Duvivier, Marco Delgado, André Nunes.

 

Este filme, que nasceu de um argumento escrito por Nuno Markl, reúne um excelente elenco de jovens atores com talentos consagrados e alguns outliers que, resulta numa história muito bonita, consistente, ainda que improvável.

 

Temos assim uma banda de sucesso - Os Deuses, que se decidem separar, por divergências de objetivos. Pedro Capelo (João Tempera) e Lucas Mateus (Ivo Canelas), começam assim a trilhar os seus próprios caminhos ainda que com sortes muito diferentes.

 

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Pedro embarca numa carreira musical a solo, com muito sucesso, enquanto Lucas torna-se compositor de jingles de publicidade - também com sucesso. Tudo corre bem até que Lucas descobre a sua namorada Carla (Lúcia Moniz), que também é a agente de Pedro, anda a dormir com Pedro.

 

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Este acontecimento traumático leva Lucas a cair numa espiral depressiva, da qual só consegue sair com a ajuda de "um produto da sua imaginação" de luxo, personificado num muito interessante Jorge Palma, e com improvável ajuda de um funcionário do supermercado Camaleão que inicia Lucas na arte da "carrinhologia".

 

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Pelo meio de muitas peripécias no supermercado, Lucas descobre uma "dinossaura" cor-de-rosa, com a qual começa a conversar e por quem se irá apaixonar.

 

Cheio de referências facilmente identificáveis para os quarentões de hoje, esta é uma bonita história muito bem escrita, enriquecida com um humor inteligente e despretensioso que nos faz sentir que tudo isto é possível.

 

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No campo da representação, confirma-se o imenso talento de Ivo Canelas e Victoria Guerra, assim como de João Tempera que, para o Sessão da Meia Noite é uma muito agradável surpresa.

 

Com um argumento destes e excelentes atores, o realizador Luís Galvão Teles até parece que teve o seu trabalho simplificado, contudo, ele demonstrou a sua qualidade ao harmonizar no mesmo contexto grandes talentos da representação e grandes senhores da música portuguesa.

 

 

Esta comédia romântica é mais uma prova de que é possível fazer bom cinema em Portugal que passe nos cinemas e que o público tenha interesse em ver.

 

Não percam!!! E vejam cinema nacional!!

2º Aniversário do Cinema Ideal

Numa iniciativa que teima em provar que os cinemas fazem sentido no meio das cidades, e não só nos centros comerciais, o Cinema Ideal em Lisboa comemora o seu segundo aniversário já no próximo dia 28 de agosto.

 

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Como presente aos espectadores, o Cinema Ideal irá exibir, de 25 a 31 de agosto, 21 filmes com entrada gratuita, como forma de agradecimento a quem continua a acreditar no cinema à moda antiga.

 

O Sessão da Meia Noite louva e apoia esta iniciativa deixando aqui a programação do evento.

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25/8

14h00 E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto

17h00 45 anos, de Andrew Haigh

18h45 O Sal da Terra, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado  

 

26/8

14h00 Mamã, de Xavier Dolan

17h00 Montanha, de João Salaviza

18h45 Os Cartoonistas, de Stéphanie Valloatto

 

27/8

13h50 Os Maias, de João Botelho

17h00 O Espírito de 45, de Ken Loach

18h45 O País das Maravilhas, de Alice Rohrwacher

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28/8

14h00 As Mil e uma Noites – Vol. 3, de Miguel Gomes

17h00 A Quimera do Ouro, de Charlie Chaplin

18h45 Antestreia  

 

29/8

14h00 Portugal – Um Dia de Cada Vez, de João Canijo

17h00 A Noite Cairá, de Andre Singer

18h45 Gett, de Ronit e Shlomi Elkabetz

 

30/8

14h00 Timbuktu, de Abderrahmane Sissako

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17h00 Filme escolhido por votação dos telespectadores

18h45 Taxi, de Jafar Panahi

 

31/8

14h00 Amar, Beber e Cantar, de Alain Resnais

17h00 Os Verdes Anos, de Paulo Rocha

18h45 João Bénard da Costa – Outros Amarão as Coisas que eu Amei, de Manuel Mozos

Ray Donovan - Temporada 1

Alargando o nosso espectro de atuação, o Sessão da Meia Noite terminou recentemente de ver a primeira temporada de Ray Donovan.

 

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Ray Donovan – Temporada 1, 2013, de Ann Biderman, com Liev Schreiber, Paula Malcomson, Eddie Marsan, Dash Mihok, Steve Bauer, Katherine Moenning, Pooch Hall, Kerris Dorsey, Devon Bagby, Jon Voight, Elliot Gould, Peter Jacobson.

 

Esta série do canal Showtime, retrata a vida de um “fixer” – Ray Donovan, que colabora com uma poderosa firma de advogados – Goldman & Drexler, para resolver todas as situações embaraçosas dos seus clientes ricos e poderosos.

 

É uma série dramática de crime e polícia, que bateu recordes de audiência nas primeiras semanas de exibição, tendo o seu episódio piloto (exibido a 30 de junho de 2013) batido todos os recordes de espectadores de produtos do canal.

 

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A primeira temporada conta com 12 episódios, e permite-nos conhecer os métodos de trabalho de Ray na resolução dos “problemas”, assim como conhecer aqueles problemas que ele não consegue resolver, essencialmente os relacionados com a sua família.

 

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Originário de South Boston, Ray mudou-se para a Califórnia, onde vive com a mulher Abby (Paula Malcomson) e os dois filhos: Bridget (Kerris Dorsey) e Connor (Devon Bagby) num subúrbio rico.

 

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Além da sua atividade normal, da qual a família não tem grande conhecimento, Ray vê-se confrontado frequentemente com os problemas dos seus irmãos Terry (Eddie Marsan) e Bunchy (Dash Mihok), agravados com a presença do pai Mickey (Jon Voight), recentemente libertado da prisão.

 

A família de Ray, com fortes raízes irlandesas, vive emboscada pelas atividades de Ray, e por muitos traumas do passado, relacionados com um pai ausente, a morte da irmã (Bridget) e o abuso infantil por membros da igreja católica.

 

Num ambiente de traumas reprimidos e ódios familiares, os Donovan vão sobrevivendo aos problemas entre eles, com o FBI, e com os clientes ricos e mimados que trabalham com Ray, num carrossel de emoções que nos vai prendendo à história, à espera do desenlace final.

 

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Os argumentos dos episódios são bem construídos, e casam bem com a linha condutora da história principal que acaba por ser a vida de Ray.

 

Os episódios finais desta temporada apresentam-nos como bónus um James Woods ainda em excelente forma, como um assassino procurado pelo FBI – Sully, que tem um ódio de morte pelos Donovan.

 

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Curiosamente, o episódio 12 não deixa muitas pontas soltas na história, parecendo que, quando foi concluído não haveria ainda a certeza da renovação para a segunda temporada.

 

Apesar disso, a história é rica em possibilidades de desenvolvimentos e, como nesta altura a série já vai na quarta temporada, só podemos esperar mais qualidade nas temporadas seguintes.

 

Por cá, Ray Donovan passou na SIC, na TVSéries, e está disponível no Netflix (3 primeiras temporadas). Tem um público-alvo claro que são os apreciadores de séries policiais, mas aqui numa perspetiva diferente, onde por vezes os maus ganham.

 

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No campo das interpretações, há que destacar os envolvimentos de Liev Schreiber, Paula Malcomson e Jon Voight que ganhou um Globo de Ouro, em 2014, pelo seu Mickey Donovan.

 

No Sessão da Meia Noite apreciámos esta primeira temporada e ficámos com elevadas espectativas nos desenvolvimentos futuros da história.

 

 

Operação Eye in the Sky

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Eye in the Sky – Operação Eye in the Sky, 2015, de Gavin Hood, com Helen Mirren, Aaron Paul, Alan Rickman, Barkhad Abdi, Babou Ceesay, Pheobe Fox, Jessica Jones.

 

Originalmente, o Sessão da Meia Noite foi atraído para este filme pela protagonista Helen Mirren que, como atriz de excelência, deveria trazer credibilidade e qualidade à obra.

 

Não nos tínhamos enganado. Este filme desenvolve-se à volta das implicações operacionais e morais da guerra contra o terrorismo, travada remotamente com o auxílio de satélites-espião e drones.

 

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Helen Mirren é a Coronel Katherine Powell, líder de uma equipa operacional multinacional que, desde a sua base no Reino Unido, comanda operacionais de informação no terreno (algures em África), pilotos de drones nos Estados Unidos da América, e a sua própria equipa de informação no Reino Unido.

 

Com o objetivo de eliminar uma conhecida célula terrorista, num ambiente de paz aparente, e com um arsenal tecnológico respeitável, Katherine terá que lidar com as implicações da situação no terreno, sempre observando os acontecimentos em tempo real através dos satélites de vigilância.

 

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A situação criada revela-se moralmente complicada, uma vez que para eliminar um grupo de terroristas bem identificado, onde está incluído uma terrorista com passaporte britânico, há o risco elevado de baixas civis inocentes.

 

O argumento, muito bem trabalhado por Guy Hibbert (argumentista de "Cinco minutos de Paz” de 2009 e “Omagh – Cicatriz de Paz” de 2004), revela-nos as questões morais levantadas pelos pilotos dos drones, que não querem atingir civis, assim como pelos analistas de risco, que trabalham para obter cenários com um mínimo de danos colaterais.

 

Mas, mais interessante ainda, é o modo em que nos são apresentados os políticos que comandam as operações de Katherine, cujos principais receios são as repercussões na opinião pública da possibilidade de baixas civis, e o efeito de contágio nos índices de aceitação do governo.

 

Este filme é muito atual e trata, de um modo muito realista, toda a dinâmica que envolve os ataques de drones em situações de Paz.

 

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As interpretações são quase todas de exceção, com especial realce para Helen Mirren (obviamente), Alan Rickman como o Tenente General Frank Benson (a sua última interpretação), Aaron Paul como Steve Watts o piloto de drones e Barkhad Abdi o operacional no terreno Jana Farah.

 

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Este é um excelente thriller psicológico e de ação, onde a política que envolve estes ataques remotos é a personagem principal, e o espectador é confrontado com as implicações, a nível pessoal, de cada um dos diferentes intervenientes na ação, nos diversos níveis de comando.

 

O que este filme nos quer transmitir principalmente é que a guerra à distância pode ser tão traumática como aquela que é travada nos campos de batalha, e consegue-o perfeitamente.

 

 

Por todas estas questões, o Sessão da Meia Noite não tem qualquer problema em aconselhar vivamente este filme aos apreciadores do género.

A História dos Hipercarros

Voltando aos documentários de qualidade, o Sessão da Meia Noite viu uma recente obra sobre uma nova classe de supercarros.

 

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Apex The Story os the Hypercar, 2016, de J.F. Musial e Josh Vietze, escrito por Michael Spinelli.

 

Os automóveis, e em especial os muito velozes, fazem parte do imaginário da maioria dos homens que, normalmente, em algum pontos das suas vidas, quiseram ser pilotos de carros de corridas.

 

Há falta disso, vamo-nos deleitando a admirar a beleza e a velocidade das obras de arte e de engenharia que vão reinando sobre as estradas.

 

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Se os anos 80 e 90 foram os anos dos supercarros, iniciados com o lançamento do Ferrari F40 em 1987, o novo milénio viu nascer uma nova classe de carros de altíssima gama - os hipercarros.

 

Este documentário apresenta-nos uma visão do nascimento destes gigantes da engenharia e como o seu desenvolvimento tem impulsionado a criatividade tecnológica no mundo automóvel.

 

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Somos convidados a visitar os mais novos modelos dos suspeitos do costume: Ferrari e Porsche, passando pela Mclaren, e pelos mais recentes e exóticos Koeningsegg e Pagani.

 

Somos confrontados mais em pormenor com os hipercarros do momento: o Mclaren P1, o Ferrari LaFerrari, o Porsche 918 e o Koeningsegg One:1, numa comparação de prestações, sensações e tecnologia.

 

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No entanto, o foco deste documentário fica muito pela Koeningsegg, nas suas instalações e métodos produtivos, acompanhando os passos finais do desenvolvimento do modelo One:1, antes do início das entregas aos clientes.

 

O documentário é de excelente qualidade, acompanhado de comentários de construtores (essencialmente Christian Von Koeningsegg e Horacio Pagani) com as visões de diversos jornalistas automobilísticos, que nos ajudam a enquadrar estes carros de sonho e a sua importância.

 

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Sendo vistos como brinquedos dos super-ricos (ou será melhor dizer dos hiper-ricos), acabam por impulsionar a implementação de tecnologias de topo nos carros normais, contribuindo assim para melhorar a sua eficiência e segurança.

 

A parte da questão tecnológica, o documentário apresenta-nos um contraponto muito interessante entre a tecnologia state-of-the-art da Koeningsegg e a paixão artística da Pagani, numa comparação curiosa entre o norte da Europa prático e eficiente e o sul mais passional e criativo.

 

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A terminar, somos confrontados com a incógnita do futuro destas máquinas.

 

Alguém definiu os hipercarros como "A Vision of The Future Today". Se algumas das sensações e condições extremas de condução que estes carros atingem já não são suportáveis pelo corpo humano, qual o caminho a seguir?

 

Os autores apresentam-nos uma versão do futuro baseado em soluções tecnológicas mais eficientes no consumo de energia, melhoramentos mecânicos e o crescimento da energia elétrica na propulsão, através de metodologias revolucionárias.

 

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Na sua essência os automóveis são daquelas invenções que menos tem evoluído, em conceito, desde a sua invenção em 1876. Os automóveis continuam a ter rodas, motor, e andam em caminhos, no chão.

 

Esta obra televisiva é muito boa, com grandes predicados para todos os apreciadores de automóveis, especialmente as super máquinas velozes que atingem mais de 400 km/h em linha reta, demonstrando a capacidade das novas plataformas de televisão (neste caso o Netflix) em produzir reportagens informativas de grande qualidade.

 

 

A não perder !!

Transformers

Aproveitando a onda de calor, o Sessão da Meia Noite continua a deslizar na onda dos blockbusters de Verão. A 5 de julho de 2007 estreava em Portugal a primeira adaptação das aventuras das personagens criadas pela Hasbro em 1984.

 

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Transformers, 2007, de Michael Bay, com Shia LeBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, Rachael Taylor, Jon Voight, John Turturro, Kevin Dunn, Julie White, Amaury Nolasco, Bernie Mac, Glenn Morshower.

 

No Sessão da Meia Noite sempre fomos apreciadores dos desenhos animados dos Transformers mas, sinceramente, tínhamos bastantes reservas sobre este filme, uma vez que nos parecia, à priori, uma sequência de efeitos visuais do principio ao fim, logo com pouco interesse.

 

No entanto, passando por cima do estigma inicial, o visionamento deste Transformers de Michael Bay tornou-se uma experiência muito interessante e divertida.

 

O filme funciona como o ponto de partida para muitas outras histórias possíveis no universo de Transformers, mostrando a luta entre Autobots e Decepticons, numa alegoria clássica da luta entre o bem e o mal.

 

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Ao longo do filme vamos percebendo que “eles estão entre nós” (onde é que eu já ouvi isto ?!?!?!), e que só aguardam um evento relevante para se mostrarem.

 

No início de tudo, a Terra é atingida por uma série de meteoritos estranhamente coordenados e orientados. Rapidamente verificamos que se tratam de Decepticons à procura de algo.

 

Aparentemente, os Decepticons que andavam perdidos sem destino no espaço, receberam sinais da presença do seu líder Megatron no nosso planeta e vão fazer tudo para se juntarem a ele, dando cumprimento ao seu desígnio de paz através da violência e eliminação de ameaças potenciais.

 

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Este comportamento com tendências fascistas é desenvolvido em filmes posteriores, mas isso fica para outra altura.

 

No meio desta confusão temos Sam Witwichy, um jovem estudante (Shia LeBeouf) que na procura pelo seu primeiro carro, acaba por comprar, de um modo completamente inadvertido, um Autobot – Bumblebee.

 

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Os Autobots, liderados por Optimus Prime, têm uma filosofia completamente diferente dos Decepticons e acreditam na coexistência pacífica entre as espécies.

 

Como consequência, os Autobots embarcam de novo na luta contra os Decepticons, que já vinha do seu planeta de origem Cybertron, completamente destruído nesta guerra fratricida.

 

Pelo caminho, juntam-se aos humanos na proteção do planeta Terra.

 

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Com o palco montado e a trama apresentada, Michael Bay desenvolve uma narrativa que é apelativa e divertida, onde o universo Transformer se consegue unir ao nosso, tendo como pontos de ligação Sam e a sua bela namorada Mikaela Banes (Megan Fox), numa luta visualmente extraordinária pelo futuro da Terra.

 

Num filme onde os personagens CGI - Computer-generated imagery, têm todo o protagonismo, no campo dos atores humanos, o Sessão da Meia Noite gostou especialmente da prestação dos pais de Sam (Kevin Dunn e Julie White) e do vendedor de carros onde Sam compra Bumblebee (Bernie Mac), com pequenas notas humorísticas muito bem colocadas.

 

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Também Josh Duhamel e Tyrese Gybson têm boas prestações, em papéis fora dos filmes românticos, da série Las Vegas e de Velocidade Furiosa.

 

Somos foçados a admitir que este filme nos surpreendeu pela sua qualidade técnica assim como pela sua capacidade de nos divertir e nos atrair para a realidade dos robots com vida, a deambular anonimamente entre nós, na forma das máquinas que mais nos fascinam: carros aviões e outros que tais.

 

 

É com certeza um bom blockbuster de verão que vale a pena ver.

Angry Birds - O Filme

O calor do verão chama por filmes leves e divertidos que, com a ajuda de uma bebida fresca, nos ajudem a suportar a torreira que nos invade por estes dias.

 

Seguindo esta ideia, o Sessão da Meia Noite aproveitou as férias para visionar alguns títulos do género, nomeadamente este filme que tenta mais uma vez transpor a realidade de um dos videojogos recentes mais populares para o cinema.

 

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Angry Birds – Angry Birds O Filme, 2016, de Clay Kaytis e Fergal Reilly, com as vozes de Jason Sudeikis, Josh Gad, Danny McBride, Maya Rudolph, Bill Hader, Peter Dinklage, Sean Penn, Keegan-Michael Key, Kate McKinnon, Tony Hale.

 

Este filme, que tenta ser uma comédia, é desenvolvido num ambiente da animação 3D muito bem construído, onde de pretende vislumbrar a razão pela qual estes pássaros ganharam o seu apelido.

 

Os pássaros, que aqui não conseguem voar, habitam uma ilha onde vivem felizes e contentes (à exceção de um deles – o protagonista Red), até à altura em que são visitados por uns porcos verdes, com intensões dúbias.

 

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Numa constante desconfiança da boa vontade aparente dos porcos, numa clássica interpretação do provérbio “quando a esmola é grande o pobre desconfia”, Red e os seus novos amigos Chuck e Bomb, vão tentar descobrir o porquê de tanta boa vontade, até que os porcos roubam todos os ovos dos pássaros, expondo assim as suas pérfidas intensões.

 

Liderados pelos nossos amigos desconfiados, os pássaros lançam-se assim numa epopeia de salvamento dos seus rebentos.

 

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Tecnicamente o filme é irrepreensível, ao nível do melhor que se tem visto sair dos estúdios da Pixar/Disney. Aqui a Rovio não deixou os seus créditos por mãos alheias.

 

A produtora finlandesa nesta co-produção com a Sony Pictures Imageworks não poupou no orçamento e conseguiu bons resultados.

 

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Esta obra não deixa de ser o filme mais caro de sempre da história do cinema finlandês, com um orçamento de produção estimado em cerca de 80 milhões de dólares (excluindo os custos de promoção).

 

No entanto, a principal falha do filme reside no argumento que acaba por não ser muito cativante ao ponto de não conseguir manter o espectador interessado durante os 97 minutos que dura o filme.

 

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Os fãs mais aguerridos do jogo terão certamente opiniões diferentes mas, no Sessão da Meia Noite, pensamos que o filme vale essencialmente pela sua qualidade técnica. Nem a fofura dos passarinhos pequenos é suficiente.

 

A versão portuguesa conta com as vozes de Vasco Palmeirim, Manuel Marques, Eduardo Madeira, Agir, Blaya, Feromonas (o youtuber mais popular em Portugal) e Joaquim de Almeida.

 

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É um filme que não deixa de entreter, no campo das comédias de ação engraçadas mas sem ser muito mais do que isso.

We're Back - Part II

O post do passado dia 2 de Agosto acabou por ser uma falsa partida.

 

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No Sessão da Meia Noite sabemos que o recomeço das rotinas pós férias é sempre complicado, no entanto, nada antevia o que se passou no nosso blogue.

 

Uma virose informática, altamente poderosa, fez com que os nossos computadores tivessem que voltar ao seu estado original, com todos os inconvenientes que isso acarreta, mais concretamente, de perda de tempo para atualizações e, mais importante, de informação.

 

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No entanto, estamos aos poucos a recuperar desta doença, melhorando os nossos procedimentos de segurança, e esperamos retornar a partir de agora as publicações regulares dos nossos comentários cinematográficos.

 

Agradecemos o apoio e esperamos que nos continuem a acompanhar, aqui e na nossa página do facebook.

 

Agora sim "We're Back" (assim esperamos).  

And We're Back !!!

Após um breve período de férias, bem merecidas, o Sessão da Meia Noite está de volta às lides comentaristas cinematográficas.

 

 

Em plena silly season, as salas de cinema são dominadas pelas blockbusters de verão como o mais recente filme de Jason Bourne, o Esquadrão Suicida da DC Comics, a comédia ligeira Mães à Solta, o retorno do tubarão assassino em Águas Perigosas e, lá mais para o fim do mês, o novo Star Trek, aguardado com expectativa pela homenagem ao recém falecido Anton Yelchin.

 

Iremos continuar a apresentar os nossos comentários sobre os filmes recentemente vistos, procurando a sua divulgação e proporcionando uma escolha mais informada aos apreciadores de cinema em geral (e não só sobre as últimas novidades das salas).

 

Assim, esperamos que nos continuem a seguir através do nosso site http://sessaodameianoite.blogs.sapo.pt/, ou na nossa página do facebook https://www.facebook.com/blogsessaodameianoite/, premiando o nosso esforço, e contribuindo ajudando-nos na divulgação deste blog (republicando este post no vosso feed ou e-mail), de modo a que a arte do cinema aliada à escrita chegue cada vez a mais espectadores.

 

To Be Continued ...