Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Curiosidades #4 Bruce Lee

Bruce Lee só fez quatro filmes de artes marciais, mas esta pequena quantidade revelou bastante qualidade o suficiente para o tornar um ícone cultural a nível mundial.

 

No entanto, os seus filmes não foram livres de complicações, essencialmente relacionadas com os títulos, e com o facto de serem rodados maioritariamente em Hong Kong ou na China e de serem falados em mandarim.

 

No que concerne aos títulos veremos aqui o deslindar dos problemas relacionados com os mesmos.

 

Por exemplo, Big Boss O Implacável de 1971, com o título original de Tang Shan da Xiong, foi lançado internacionalmente como The Big Boss.

 

No entanto, os distribuidores americanos decidiram chama-lo de The Chinese Connection, devido à grande popularidade dos filmes de Popeye Doyle – The French Connection. Mais tarde, e sem explicação conhecida, o título foi alterado para Fists of Fury.

 

Mas as distribuidoras aperceberam-se que um dos filmes seguintes de Bruce Lee se iria chamar Fist of Fury, o que originaria confusão nos espetadores. Assim decidiram por mais uma alteração de título, desta vez para The Iron Hand. Não ficando satisfeitos, voltaram a The Chinese Connection e assim ficou.

 

 

Também Enter the Dragon – O Dragão Ataca de 1973, teve uma escolha de título conturbada. Originalmente chamar-se-ia Han’s Island, pois o estúdio considerava que Enter the Dragon poderia ser mal aceite internacionalmente.

 

Como títulos alternativos foram também considerados The Deadly Three e Blood and Steel. No final, foi escolhida a primeira opção que, na opinião do Sessão da Meia Noite, foi a escolha acertada.

Nights in Rodanthe

Drama romântico ou romance dramático? São a mesma coisa? Não exatamente, mas quase! O Sessão da Meia Noite tem por vezes dificuldade com as classificações dos filmes. De qualquer modo, hoje vamos falar da terceiro filme onde contracenam Richard Gere e Diane Lane num romance dramático!

 

Nights_in_rodanthe 1.jpg

Nights in Rodanthe – O Sorriso das Estrelas, 2008, de George C. Wolfe, com Diane Lane, Richard Gere, Christopher Meloni, Viola Davis, Scott Glen, Mae Whitman.

 

Este é um daqueles filmes românticos, muito bem construídos, que nos puxam ao sentimento de um modo que nos faz admira-los como se de lembretes se trata-se, numa tomada de consciência da nossa própria mortalidade.

 

Nights_in_rodanthe 5.jpg

 

Adrienne Willis (Diane Lane) é uma dona de casa, com dois filhos, separada do marido devido a questões de infidelidade, que se vê confrontada como um pedido de perdão insistente e pressionado pelos filhos que só querem que a vida deles volte ao normal.

 

Nights_in_rodanthe 2.jpg

  

No meio desta “emboscada” familiar, Adrienne segue os seus planos de tomar conta de uma pequena estalagem costeira de Jean (Viola Davis) na cidade de Rodanthe, durante um fim de semana.

 

Nights_in_rodanthe 6.jpg

 

Obviamente, nesse fim de semana a estalagem só tem um cliente – Dr. Paul Flanner (Richard Gere), que está a caminho de se reunir com o filho, que se encontra a praticar medicina nas selvas da América do Sul.

 

No entanto, para Paul, a passagem por Rodanthe não é para descansar. Ele está a lidar com demónios do seu passado profissional, que irá tentar domar, de modo a puder avançar com a sua vida.

 

Na estalagem a ligação entre o casal vai crescendo, por serem os únicos dois ocupantes do edifício, aliado ao facto de no primeiro dia a sua localização ser atravessada por uma tempestade marítima que os obriga a ficarem refugiados no interior.

 

Nights_in_rodanthe 4.jpg

 

Paul, que apresenta uma carapaça muito espessa, desenvolvida ao longo de muitos anos a praticar medicina vai percebendo que terá que remover a sua armadura se quiser seguir em frente com a sua vida em paz com o seu passado.

 

A ajuda de Adrienne é fundamental pois oferece-lhe uma perspetiva fresca sobre a sua realidade. É deste modo que a relação entre ambos se desenvolve. Os laços criados são muito fortes e propiciam um final feliz.

 

Nights_in_rodanthe 3.jpg

Os dois atores principais têm uma química muito forte, comprovada pelas frequentes colaborações entre ambos, o que resulta muito bem na criação de uma realidade romântica a partir de duas situações de vida nada felizes.

 

Este filme é a quarta adaptação de um romance de Nicolas Sparks, homónimo ao filme, depois de Messagem in a Bottle – As Palavras que Nunca te Direi (1999), A Walk to Remember – Um Amor para Recordar (2002) e The Notebook – O Diário da Nossa Paixão (2004).

 

O realizador não teve grande problema pois o argumento é sólido e construído para a narrativa que se pretende e os atores são de qualidade excecional, quase não necessitando de orientação.

 

 

Este filme é um romance presente nas listas dos melhores romances do século XXI, que merece a nosso reconhecimento e consequente visionamento pelas representações e pelo modo como nos leva para dentro da história e nos faz chorar.

 

Isto é o que se pede de um bom filme. Que nos faça sentir! De preferência sentimentos bons!