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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

Curiosidades #3 Drew Barrymore

Drew Blyth Barrymore apareceu pela primeira vez, com muito destaque, nas nossas vidas como a pequena Gertie em E.T. - O Extraterrestre de Steven Spielberg, com apenas seis anos de idade.

 

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No entanto, a sua primeira experiência televisiva foi como figurante num anúncio publicitário de comida para cão com apenas onze meses de vida. Curiosamente, no casting de seleção, Drew foi mordida pelo cão do anúncio. Como não chorou, foi a escolhida.

 

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Este início muito precoce na indústria televisiva e filmográfica não é alheio ao facto de Drew Barrymore ser afilhada de Steven Spielberg e Sophia Loren.

 

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Atualmente tem uma carreira muito rica e preenchida como atriz, realizadora e produtora, sendo sócia da produtora Flowers Films que tem produzido quase todos os seus filmes desde 1995 – incluindo Música e Letra recentemente analisado aqui no Sessão da Meia Noite.

Música e Letra com Hugh Grant

Deambulando mais uma vez pelas comédias românticas leves, estilo cor-de-rosa, o Sessão da Meia Noite comenta aqui mais um filme com Hugh Grant.

 

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Music and Lyrics – Música e Letra, 2007, de Marc Lawrence, com Hugh Grant, Drew Barrymore, Jason Antoon, Kirsten Johnston, Brad Garrett, Aasif Mandvi, Haley Bennett, Mathew Morrison.

 

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Numa área onde existe muita diversidade, Música e Letra é uma comédia romântica simpática, sobre a estrela da música dos anos 80 Alex Fletcher (Hugh Grant) que, desde o fim da sua banda – os POP, nunca mais escreveu qualquer música, e tem vivido à custa desses êxitos do passado.

 

Isto soa muita à história de Andrew Ridgeley dos Wham. Quem? O outro. Ahhh pois! O paralelismo é enorme.

 

Esgotando as últimas cartadas dos êxitos passados, Alex recebe uma proposta que lhe poderá reavivar a vida artística e leva-lo de volta ao topo.

 

Uma artista pop muito conhecida e popular – Cora Corman (Haley Bennett), de um modo estranho conheceu o trabalho de Alex no POP e propõe que ele escreva uma música para ela, que poderá tornar-se numa colaboração para um álbum inteiro.

 

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A proposta é muito boa mas há um problema. Alex só consegue escrever melodias e não as letras. Mas como este é um filme cor-de-rosa, Alex recebe ajuda do lugar mais improvável – a rapariga que esta a tratar das plantas em sua casa: Sophie Fisher (Drew Barrymore).

 

Acompanhamos assim o processo criativo de construção da música ao mesmo tempo que vamos reconhecendo o desenvolvimento dos sentimentos entre ambos.

 

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Todo este processo vai conduzindo Alex a uma encruzilhada criativa, impulsionada por Sophie, em que Alex terá que escolher entre manter a sua identidade criativa ou simplesmente “vender-se” aos critérios do mundo pop.

 

Esta história, escrita e realizada por Marc Lawrence, é mais um daqueles filmes que, não vencendo prémios, é bem construído, com boas representações e que nos coloca um sorriso na cara, pois ajuda-nos a acreditar que as coisas boas acontecem e que o mundo não é todo cinzento.

 

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O realizador é muito experimentado neste tema – Amor sem Aviso, Ouviste Falar dos Morgan?, Argumento do Amor, Miss Detective – e isso nota-se na tela.

 

Se mais currículo fosse necessário referimos que Marc Lawrence chegou a escrever episódios para Quem Sai aos Seus, o que só por si já é muito relevante.

 

Dá gosto ver a excelente performance demonstrada por Drew Barrymore, que consegue ser doce, inteligente e com fortes convicções, exatamente o que a sua personagem necessitava.

 

 

Este filme é um conjunto muito harmonioso de uma história com final feliz que, apesar de poder parecer um pouco artificial, serve para nos fazer acreditar que o copo é sempre melhor meio cheio.

How Bruce Lee Changed the World

O mundo dos documentários é igualmente rico como o dos filmes (mas menos conhecido), e é muitas vezes utilizado como suporte à compreensão de alguns dos ídolos mais queridos do cinema. Desta vez, o Sessão da Meia Noite analisa “How Bruce Lee changed the World” do canal História.

 

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How Bruce Lee changed the World – Como Bruce Lee Mudou o Mundo, 2009, de Steve Webb.

 

Ao longo dos tempos, muito tem sido falado sobre a lenda de Bruce Lee. Este documentário, com a chancela de qualidade do History Channel, oferece-nos uma visão aprofundada sobre as implicações de Bruce Lee na cultura atual.

 

Focado na influência de Bruce Lee nos filmes de artes marciais e nas suas técnicas como lutador e coreógrafo de lutas, este documentário conduz o espectador através dos seus rigorosos métodos de treino, assim como da sua precisa metodologia de trabalho no cinema, com muitos testemunhos de técnicos e lutadores que trabalharam com Bruce Lee.

 

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De Jackie Chan a John Woo, muitos são os artistas da atualidade que se sentiram motivados pelo realismo das coreografias de luta de Bruce Lee, assim como pela sua filosofia que suportava todo o seu modo de ser, dentro e fora do cinema.

 

Além do mundo cinéfilo, este documentário apresenta relatos de artistas de outros meios, como a música, e obviamente as artes marciais, que encontraram em Bruce Lee o seu mentor espiritual, pela sua filosofia e modo natural e fluído de abordar as questões.

“Be formless, shapeless … like water”

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Revelando-se por vezes um pouco exagerado no endeusamento que é feito do homem, este documentário apresenta-nos o enorme impacto que os filmes de artes marciais de Bruce Lee tiveram no meio de Hong Kong, que era na altura o maior produtor deste tipo de filmes, notando-se claramente dois períodos: antes e depois de Bruce Lee.

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Apesar de só ter participado em quatro filmes de artes marciais, a sua influência é inegável nos mais diferentes setores da sociedade cultural de hoje em dia, inclusivamente, em alguns meios, Bruce Lee é considerado como um revolucionário, e o melhor lutador de artes marciais de todos os tempos.

 

Com extensos estudos em filosofia, Bruce Lee levou os seus pensamentos a uma faixa de população muito alargada, tornando-o conhecido mundialmente e num ícone da cultura moderna. O presente documentário apresenta algumas razões para esta realidade

 

Cada espetador terá que julgar por si a real influência e o grau de significância de Bruce Lee na cultura atual, no entanto, é inegável a influência que Bruce Lee teve em quebrar com preconceitos raciais para com os asiáticos.

 

Este documentário é bem construído e até ligeiramente inspirador, vagueando por áreas como o treino físico e a filosofia, que normalmente não são imediatamente associadas a Lee, mas que são interessantes de explorar no contexto da sua vida.

 

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Bruce Lee morreu muito jovem, com 32 anos, de um edema cerebral causado por uma reação alérgica a um medicamento, sem nunca se ter apercebido da dimensão do seu impacto na cultura mundial.

 

 

Jason Bourne 5 - Trailer

A Universal revelou uma antevisão sobre o próximo filme de Jason Bourne com estreia internacional agendada para 29 de julho.

 

 

Numa sequência carregada de ação ao melhor estilo da trilogia original, temos um Robert Dewey (Tommy Lee Jones) a tentar “cancelar” Jason Bourne (Matt Damon), que continua na sua procura por respostas, e vingança por ter sido iludido quanto às motivações que o levaram a ingressar na CIA.

 

Estes pedacinhos de filme fazem antecipar uma obra carregada de alta adrenalina ao melhor estilo de Paul Greengrass, cujas adições de Tommy Lee Jones e Alicia Vikander nos deixam bastante interessados.

Fast & Furious 8 - Notícias

Mais uma figura de peso junta-se ao elenco de Fast & Furious 8.

 

Desta vez é Helen Mirren que confirmou, numa recente entrevista à revista Elle, que irá participar no próximo filme desta saga sobre velocidade.

 

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Helen Mirren deverá protagonizar uma vilã, possivelmente até na mesma equipa de mauzões de Charlize Theron.

 

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Sendo uma fã devota de velocidade, Helen Mirren vê cumprido um desejo de longa data em participar nesta saga.

 

Segundo ela, nesta altura da sua carreira, procura papéis que sejam relevantes mas, que também a divirtam.

 

Fast & Furious 8 tem estreia agendada para 14 de abril de 2017.

Um Cidadão Exemplar

Num regresso aos thrillers, o Sessão da Meia Noite comenta hoje uma boa opção de 2009 da responsabilidade do realizador F. Gary Gray.

 

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 Law Abiding Citizen – Um Cidadão Exemplar, 2009, de F. Gary Gray, com Gerard Butler, Jamie Foxx, Leslie Bibb, Colm Meaney, Bruce McGill, Regina Hall, Viola Davis, Richard Portnow.

 

Neste thriller temos alguém que não é o que parece e alguém que sendo superficial irá perceber que há mais além da superfície e que os compromissos, por vezes, não são aceitáveis.

 

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O filme começa com um crime violento. A família de Clyde Shelton (Gerard Butler) é brutalmente assassinada. No entanto, os criminosos são apanhados pela polícia.

 

Contudo, devido a problemas processuais, o advogado de acusação (district attorney) Nick Rice (Jamie Foxx) só conseguiu reunir provas circunstanciais, pelo que decide-se por fazer de um criminoso testemunha sobre o outro, para obter, pelo menos, uma condenação.

 

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Obviamente que o bufo recebe imunidade perante o seu crime. Clyde, ao tomar conhecimento da situação através de Rice fica obviamente muito transtornado.

 

10 anos passados, o criminoso encarcerado enfrenta a execução. O processo corre mal e ele sofre bastante antes do desfecho final. Ao mesmo tempo, o criminoso que conseguiu imunidade é encontrado morto.

 

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As suspeitas de Rice recaem sobre Clyde que é preso e confessa a autoria dos crimes, aceitando uma acordo judicial (ou será que aceita mesmo?).

 

Não aceita nada. Clyde culpa todo o sistema de justiça e Rice pessoalmente pelo ocorrido 10 anos antes e, declara guerra numa busca por vingança contra todos os envolvidos no processo.

 

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Rice descobre então que Clyde era o melhor estratega de operações da CIA, e que certamente seria muito difícil de parar, uma vez que, não era possível antecipar as suas ações, nem sequer confirmar a sua ligação a Clyde.

 

O realizador F. Gary Gray consegue criar um ambiente de thriller muito convincente que nos agarra à tela, sem saber por quem torcer, assistindo à sucessão de eventos planeados por Clyde com extrema mestria.

 

Gerard Butler e Jamie Foxx têm prestações muito boas, com realismo e entrega, que acabam por comprovar, mais um vez, as suas qualidades de representação.

 

É um filme interessante, e mais um exercício demonstrativo da qualidade de F. Gary Gray.

 

 

Goodfellas - Tudo Bons Rapazes

Numa passagem pelos melhores filmes de gangsters do final do século XX, o Sessão da Meia Noite reviu recentemente “Goodfellas” de Martin Scorsese.

 

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Goodfellas – Tudo Bons Rapazes, 1990, de Martin Scorsese, com Robert De Niro, Ray Liotta, Joe Pesci, Lorraine Bracco, Paul Sorvino.

 

Este filme é um épico biográfico que acompanha a ascensão e queda de Henry Hill (Ray Liotta) que, desde jovem, sempre quis ser um “wiseguy”, ou seja, um gangster.

 

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O argumento é uma adaptação livre da novela de 1985 do jornalista criminal Nicolas Pileggi intitulado “Wiseguy”, e retrata a vida real de um mafioso (Henry Hill) que, mais tarde, se torna informante do FBI, como única solução para salvar a sua vida.

 

O filme começa com a frase “As far as I can remember I always wanted to be a wiseguy” que reflete a postura de Henry Hill e a sua veneração pelo estilo de vida dos gangster de ascendência italiana na Brooklyn dos anos 1950’s.

 

Henry começa por desafiar a sua família, desistindo da escola e juntando-se aos gangsters que se encontravam num clube na sua rua. Inicia a sua “carreira” como moço de recados, sendo mais tarde promovido para o furto de tabaco.

 

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Protegido pelo chefe local Paul “Paulie” Cicero (Paul Sorvino), Henry e os seus novos amigos: James “Jimmy The Gent” Conway (Robert De Niro) e Tommy DeVito (Joe Pesci), vão ganhando o respeito dos seus superiores, desenvolvendo a sua atividade criminosa com bastante sucesso.

 

As suas noites era frequentemente passadas no Copacaba, um famoso club noturno de New York, onde inclusivamente Henry conhece Karen (Lorraine Bracco) uma jovem judia, por quem ele se apaixona e com quem virá a casar.

 

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Lorraine Bracco tem aqui um desempenho excelente de uma mulher forte, companheira de um gangster que, apesar das reticências iniciais, é seduzida pelo glamour aparente deste tipo de vida.

 

A sua relação só começa a correr mal quando Karen descobre que Henry tem uma amante – Janice, num apartamento pago por si, o que a leva a ameaçar violentamente Henry, ao ponto de ele ser admoestado por Paulie.

 

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Paulie propõe-se resolver a situação com Karen desde que os três amigos lhe façam um trabalho de cobradores de dívidas na Florida. O trabalho corre mal e Jimmy e Henry são presos e condenados a 10 anos de prisão.

 

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Ignorado pelos seus amigos gangsters, Henry vê-se forçado a vender droga para suportar a sua família no exterior, um negócio que continua quando é libertado. Obviamente que os três amigos se juntam de novo neste negócio, contrariando a proibição de Paulie de venda de droga. Este tipo de proibição era muito frequente nos negócios da máfia dos anos 60 e 70 do século XX.

 

Este era o início de uma espiral descendente e destrutiva de Henry que vai sendo agravado pelo seu consumo crescente de droga.

 

Contudo, no final da década de 70 o gang tem sucesso num golpe de roubo de dinheiro, conhecido como The Lufthansa Heist no aeroporto JFK International Airport que lhes rende cerca de 6 milhões de dólares.

 

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O problema é que os restantes participantes do golpe não se conseguem conter, e começam logo a dar sinais exteriores de dinheiro fresco, o que faz com que os três amigos, por medo de atrair a atenção da polícia, os executem.

 

No início dos anos 1980, Henry é mais uma vez preso devido às suas ligações ao mundo da droga e consequentemente é expulso da associação criminosa, por Paulie. Numa altura em que Henry suspeita que Jimmy o quer matar, Henry adere ao programa de proteção de testemunhas do FBI, com a sua família e testemunha sobre as atividades que praticara e assistira, como sua única salvação.

 

No mundo real, sem crime, no final Henry diz “I’m an average nobody. I get to live the rest of my live like a schnook”, demostrando a sua completa frustração com a sua nova situação.

 

 

O segredo deste filme, além da enorme competência técnica demonstrada por toda a equipa, é o facto de conter uma grande história de amizade e companheirismo a toda a prova, entre um grupo de homens, que só desejavam integrar uma comunidade que os respeita-se e, cujo reconhecimento eles valorizam.

 

Martin Scorsese consegue deste modo, apesar do contexto pesado e violento do argumento, que este filme seja avaliado além da sua superfície violenta e nada recomendável, mas sim pelas relações pessoais que nele se desenvolvem.

 

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Para o Sessão da Meia Noite, este filme faz parte dos melhores filmes de gangsters de sempre, juntamente com a saga de Francis Ford Coppola “O Padrinho I, II e III” e “Os Incorruptiveis Contra a Droga I e II”.

 

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Estes filmes são os principais responsáveis pelos moldes que têm servido de base a todos os filmes de gansgsters e mafiosos que lhes seguiram, de tal modo que a sua qualidade e valor continuam indiscutíveis ainda hoje em dia.

 

Na cerimónia dos Óscares de 1991, Goodfellas conseguiu nas seis nomeações que tinha vencer um Óscar, numa época em que este género de filmes não eram bem vistos pela Academia. Também teve cinco nomeações para globos de ouro mas neste caso sem qualquer galardão.

 

Como era de esperar num público especializado de mentalidade mais aberta, Goodfellas venceu cinco Baftas das sete nomeações a que se apresentou a concurso.

 

Apesar do tempo decorrido, este filme é sempre uma experiência de alto valor, essencial para qualquer apreciador de bom cinema.

Everyting Is Not Awesome

“Everything is not awesome”

 

É assim que começam as últimas notícias sobre a sequela do The Lego Movie de 2014, pois a estreia do filme foi adiada em cerca de 9 meses.

 

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A estreia internacional, originalmente agendada para 18 de maio de 2018, foi adiada para 8 de fevereiro de 2019.

 

A Warner Bros. não apresentou qualquer justificação para o facto, podendo tratar-se somente de opções estratégicas de calendarização de estreias.

 

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No entanto, e até lá, estão previstos outros filmes do mundo lego, tematicamente mais especializados, como The Lego Batman Movie (10 de fevereiro de 2017) e o The Lego Ninjango Movie (23 de setembro de 2017).

 

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No Sessão da Meia Noite temos um especial interesse pelo universo Lego, pelo que aguardamos com expectativa estas histórias passadas na Legolândia, com especial enfoque para o Batman.

Indiana Jones 5 - Notícias #1

O novo filme de Indiana Jones tem lançamento agendado para 19 de julho de 2019, numa altura em que Harrison Ford terá 77 anos.

 

 

Harrison Ford e Steven Spielberg têm trabalhado muito neste novo episódio da saga do arqueologista favorito de todos dos cinéfilos e, apesar dos poucos (ou nenhuns) pormenores disponíveis, Spielberg já fez uma revelação.

 

Sem ter sido questionado, Spielberg revelou que, no final, a personagem de Harrison Ford não morrerá. Isto revela que não haverá similitude entre este filme e o último Star Wars onde Han Solo morre.

 

 

Spielberg revelou ainda que este filme irá agradar aos fâs mais antigos de indiana Jones, num regresso ao brilhantismo dos primeiros filmes. 

Jane Got a Gun - O western de Natalie Portman

O Sessão da Meia Noite tem como objetivo a maior variedade possível de estilos comentados, à semelhança das preferências dos seus autores. Assim, tivemos uma recente passagem pelos westerns modernos com “As Armas de Jane”.

 

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Jane Got a Gun – As Armas de Jane, 2016, de Gavin O’Connor, com Natalie Portman, Joel Edgerton, Ewan McGregor, Noah Emmerich, Rodrigo Santoro.

 

“As Armas de Jane” centra-se na história de vida de Jane – Natalie Portman, uma mulher endurecida pelos rigores do Oeste selvagem, que refez a sua vida ao lado do seu marido Bill “Ham” Hammond – Noah Emmerich, após um largo período de tormento e exploração pelo bando dos Bishop Boys.

 

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A vida de Jane fica um pouco mais complicada quando Ham retorna a casa crivado de balas, resultado de uma escaramuça com o seu antigo bando – os Bishop Boys.

 

O seu líder, o incansável Colin – Ewan McGregor, procura incessantemente por Ham e Jane, numa procura de vingança, por estes dois não terem cumprido as suas ordens e fugido do bando.

 

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Esta nova realidade obriga Jane a procurar ajuda em alguém improvável, mas em quem ela confia para a ajudar: Dan Frost (Joel Edgerton) um seu antigo noivo.

 

O argumento vai evoluindo com alguma lentidão entre o presente e o passado de cada personagem, permitindo uma perceção dos acontecimentos atuais, assim como as diferentes motivações de cada personagem.

 

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Este filme, coescrito por Joel Edgerton, e coproduzido por Natalie Portman, teve muitas dificuldades em chegar às telas dos cinemas.

 

De notar a entrega à personagem de Natalie Portman, na melhor interpretação de todo o filme, assim como Ewan McGregor que aparece quase irreconhecível.

 

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Filmado em 2013, havia sido originalmente anunciado para 2012, com os protagonistas Natalie Portman, Michael Fassbender e Joel Edgerton, e o realizador Lynne Ramsey.

 

No entanto, situações como a troca de protagonistas por indisponibilidades de calendário, ou de realizador, fizeram com que esta produção problemática só tivesse lançamento nos E.U.A. a 29 de janeiros de 2016. Em Portugal tem estreia agendada para 13 de outubro de 2016.

 

É um western com um desenvolvimento compassado, onde o foco da história é uma mulher forte que, apesar dos muitos problemas de produção consegue fazer-se notar.

 

 

Não sendo nenhuma obra-prima, é um título acima da média que os fãs do estilo não deverão perder. No entanto o trailer engana um pouco ...

Grand Prix - A Fórmula 1 de 1966

Sob a égide de uma lista dos melhores filmes de carros, embarcámos nesta viagem pelo Grande Prémio de 1966.

 

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Grand Prix – Grande Prémio, 1966, de John Frankenheimer, com James Garner, Eva Marie Saint, Yves Montand, Toshiro Mifune, Brian Bedford, Jessica Walter, Antonio Sabato, Adolfo Celi.

 

Este filme retrata um pouco do mundo das corridas de Fórmula 1 nos anos 60 do século XX, na era dourada dos “carros charuto”, o pináculo da velocidade de então.

 

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Numa conjugação de grandes atores e atrizes (alguns em início de carreira na altura), o filme transmite-nos a sensação de velocidade dos carros de Fórmula 1 dessa época, sem subterfúgios, numa perspetiva comparável ao visionamento de uma corrida na televisão.

 

As personagens principais são os carros, as corridas e a velocidade, ocupando os atores os papéis secundários de suporte à narrativa.

 

O argumento não é muito desenvolvido, nem tem uma trama complexa. Acompanhando o campeonato mundial de Fórmula 1 de 1966, temos um piloto americano Pete Aron (James Garner) que cai em desgraça num acidente com o seu colega de equipa Scott Stoddard (Brian Bedford) na corrida do Mónaco, em que Scott fica gravemente ferido.

 

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Aron é despedido da equipa BRM, e o enfoque da história passa para a recuperação de Scott e o aproveitamento pela Ferrari da situação, subindo assim na classificação do campeonato com os pilotos Jean-Pierre Sarti (Yves Montand) e Nino Barlini (Antonio Sabato).

 

Pouco tempo depois, Aron é contratado por uma equipa Japonesa – Yamura, para disputar o campeonato com Sarti da Ferrari.

 

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A recuperação rápida de Scott da BRM faz com que esta competição se faça a três, num dramático culminar da trama no espetacular grande prémio de Monza.

 

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Com o traçado do circuito antigo, mais longo que o atual, e com as curvas com um relevé acentuado, Monza era já então um circuito famoso. Anos mais tarde ficou igualmente tristemente célebre devido ao fatal acidente de Ayrton Senna.

 

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Pelo meio somos convidados a conhecer os medos e as certezas de Sarti, a sua nova relação com uma jornalista Louise Frederickson (Eva Marie Saint) e com a sua equipa, personificada pelo presidente da Ferrari o Comendador Agostini Manetta (Adolfo Celi – o inconfundível Largo de 007 – Operação Relâmpago),

 

O realizador consegue transmitir-nos uma perspetiva totalmente inovadora para a época com câmaras presas aos carros, além da visão das transmissões televisivas.

 

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Na altura, este era um filme muito inovador no modo de apresentar a velocidade ao espetador. Os fãs da velocidade gostarão certamente de ver as diferenças para os carros de hoje em dia, especialmente no que diz respeito à segurança em corrida e ao acesso dos jornalistas.

 

Estas inovações foram premiadas com três Óscares da Academia para melhor edição, melhor som e melhores efeitos sonoros.

 

 

Hoje em dia o filme perde um pouco para as inovações técnicas, mas continua a ser um excelente registo de Fórmula 1 pura e dura, onde se arriscava a vida para ganhar corridas.

James Bond Alternativo

Dois cineastas canadianos estão a planear um remake do filme de James Bond de 1981 “For Your Eyes Only”, com Roger Moore.

 

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Lee Demarbre e Ian Driscoll, ambos de Ottawa, querem usar o fim do copyright de 50 anos (de acordo com a lei canadiana) sobre a obra literária de 1960 “For Your Eyes Only”.

 

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O plano é voltar a envolver James Bond no contexto do início da Guerra Fria, com o argumento centrado em Ottawa. O filme seria uma obra mais artística que blockbuster (leia-se de baixo orçamento), e até já têm atores pensados para dar vida à história.

 

 James Bond seria protagonizado por Ryan Reynolds e teria como coprotagonistas Donald Sutherland, Christopher Plummer e Jessica Paré. Como vilão pensaram em Michael Ironside.

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A reputação destes cineastas, até à data, é constituída essencialmente por filmes de vampiros e terror de série B (para ser simpático).

 

Por isso no Sessão da Meia Noite não ficámos muito entusiasmados com a ideia. Se alguma coisa, ficámos até um pouco assustados.

 

Veremos se este desvario de dois fãs de James Bond dará em alguma coisa digna de se ver.

Jack Reacher Notícias

A sequela de Jack Reacher de 2012 com Tom Cruise já começa a mexer nos media da internet.

 

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As primeiras imagens do filme Jack Reacher: Never Go Back, apareceram no site people.com e mostram Tom Cruise com a coprotagonista Cobie Smulders.

 

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O filme será mais um desafio para o antigo polícia militar Jack Reacher, que tenta ajudar uma Major do Exército numa acusação de espionagem, ao mesmo tempo que acompanhamos o aprofundamento da história pessoal de Jack Reacher.

 

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O filme tem estreia agendada nos Estados Unidos para 21 de outubro de 2016.

Curiosidades #2 Hugh Grant

Um dos atores britânicos favoritos do Sessão da Meia Noite é Hugh Grant, um protagonista de comédias românticas que construiu uma carreira sólida em Hollywood, mantendo-se quase sempre fiel a um género específico.

 

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Hugh John Mungo Grant é natural de Hammersmith em Londres e tem ascendência escocesa e inglesa.

 

Licenciado em literatura inglesa pelo New College em Oxford, recebeu uma proposta do Courtauld Institute of Art da University of London, para fazer um doutoramento em história da arte mas declinou pois não conseguiu obter bolsa para o efeito. Decidiu assim prosseguir com a sua carreira de ator.

 

O papel que lhe deu mais visibilidade foi o de Charles em “Quatro Casamentos e Um Funeral” onde tem como co-protagonista Andie MacDowell.

 

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Pelo seu trabalho neste sucesso de bilheteira, que fez mais de 50 milhões de dólares de receita só nos E.U.A., recebeu um salário de 100.000 US$. Bastante menos que Andie MacDowell que negociou uma percentagem das receitas em vez de um salário.

 

Na sua audição de casting para este filme, Hugh Grant mostrou a sua gravação do casamento do seu irmão onde ele havia sido o padrinho. Este papel acabou por ser algo exigente pois obrigou-o a ter aulas de linguagem gestual.

 

Depois de “Quatro Casamentos e um Funeral” sucederam-se sucessos como Notting Hill, Mickey Blue Eyes, e dois filmes de Bridget Jones.

 

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Recentemente rejeitou a terceira participação como Daniel Cleaver em “O Bebé de Bridget Jones” de 2016, tendo a sua personagem sido substituída por um novo interesse amoroso de Bridget (Jack Qwant) protagonizado por Patrick Dempsey, o McDreamy de “A Anatomia de Grey”.

 

Em “O Argumento do Amor” o seu personagem vê um vídeo de si próprio na internet, que na realidade é parte do seu discurso de agradecimento quando ganhou um globo de ouro de 94 por melhor ator de comédia ou musical por “Quatro Casamentos e um Funeral”.

 

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Numa cena do início deste filme Hugh Grant brinca com as novelas de Jane Austen, incluindo Sensibilidade e Bom Senso, cujo filme ele participou como o interesse amoroso de Elinor Dashwood – Edward Ferrars.

 

Na sua carreira com mais de 30 anos, já participou em mais de 55 filmes e venceu um Globo de Ouro, um Bafta e um César, além de muitos outros prémios de menor importância.

The Rewrite - O Argumento do Amor

Poucos atores conseguem manter uma produção constante de qualidade ao longo das suas carreiras. Alguns desaparecem, outros ficam presos a um estilo específico ou a um espaço temporal, e vão desvanecendo com o tempo.

 

Hugh Grant é um exemplo de um ator muito conotado com um estilo específico e o seu protagonista em “The Rewrite” vai beber de novo à fonte das comédias românticas.

 

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The Rewrite – O Argumento do Amor, 2014, de Mark Lawrence, com Hugh Grant, Marisa Tomei, J. K. Simmons, Allison Janney.

 

A tradução portuguesa do título induz-nos um pouco ao engano, uma vez que este filme não é um romance clássico assolapado.

 

Hugh Grant é Keith Michaels, um argumentista de Hollywood que, após ter vencido um Óscar pelo melhor argumento num filme chamado “Paradise Misplaced”, viu o brilho da sua carreira desaparecer aos poucos.

 

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Com os estúdios a não aprovar as suas propostas de argumentos para filmes, Keith vê-se obrigado a aceitar uma proposta de trabalho como professor de escrita de argumentos, numa universidade de uma pequena cidade no outro lado do país (Binghampton).

 

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Fiel crente de que não é possível ensinar a escrever, tenta levar esta sua nova realidade numa onda hollywoodesca, com desinteresse, bebida e sexo.

 

Pelo meio vai cometendo alguns erros, que vão sendo a parte cómica da história, e que o levam quase a ter que se demitir da faculdade.

 

Pelo meio, vai percebendo que há uma realidade fora de Hollywood, que a escrita afinal se pode ensinar, e que nos locais mais improváveis é possível encontrar qualidade de escrita.

 

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Como é obvio, também há um romance de universidade entre o professor e uma aluna fora do padrão normal para os estudantes universitários. Além de sexo com uma jovem estudante, claro.

 

Este filme é um exercício bem realizado de uma comédia romântica ligeira, com um sotaque britânico fora de tempo, e uma dose de loucura q.b. que, como irão perceber, se encaixam muito bem.

 

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No Sessão da Meia Noite somos fãs deste tipo de filmes, especialmente com Hugh Grant.

 

Este ator teve o seu pico de sucesso nos anos 90 do século XX mas depois, devido a problemas pessoais, ou a uma coisa que ninguém consegue evitar – idade, foi decaindo e quase desapareceu.

 

Contudo, com este filme Hugh Grant diz-nos que está vivo e de boa saúde artística, e que ainda é mestre neste tipo de personagens ligeiramente non-sense.

 

 

Este filme não ganhou nenhum prémio importante nem fará parte de qualquer lista de melhores filmes, mas é simpático e honesto, e mostra-nos que abrir os horizontes e ver além do óbvio, por vezes, pode ter resultados muito positivos.

Star Wars VIII - Notícias #3

As filmagens de Star Wars VIII estão quase terminadas.

 

Em celebração deste facto, o realizador Riam Johnson publicou uma imagem no Tumbler, via Entertainment Weekly, do manto de Luke Skywalker com a referência “In the home stretch” – na reta final.

 

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Star Wars VIII tem data prevista de estreia nos Estados Unidos agendada para 15 de dezembro de 2017.

Vicky Cristina Barcelona

Este filme é uma entrada longínqua na lista a ver do Sessão da Meia Noite, mais uma referência na longo obra de Woody Allen, datado de 2008, muito premiado, mas que não nos havia suscitado especial interesse até à data.

Foi assim, sem expectativas, que abraçamos este novo desafio.

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Vicky Cristina Barcelona, 2008 de Woody Allen, com Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Javier Bardem, Penélope Cruz, Chris Messina, Patricia Clarkson, Kevin Dunn.

 

O filme apresenta-nos uma história com acompanhamento de um narrador, que vai preenchendo as possíveis falhas na perceção da história e que, neste caso, resulta muito bem.

 

O argumento de Woody Allen conta-nos a história de Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson), duas amigas que vão passar o verão numa casa de amigos em Barcelona.

 

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Vicky é uma pessoa centrada, objetiva e racional, com planos concretos para a sua vida, e está noiva de Doug (Chris Messina), que fica a trabalhar nos E.U.A.

 

Cristina é um espírito livre, descomplicada e sem grandes planos, à descoberta da vida e daquilo que ela tem reservado para si, para o seu futuro.

 

Instaladas na casa de Judy (Patricia Clarkson) e Mark (Kevin Dunn), acabam por conhecer um pintor espanhol – Juan Antonio (Javier Bardem), romântico e misterioso, que as vai envolver e ajudar a descobrirem sentimentos novos para elas, intensos, numa realidade distante da delas.

 

Atraídas pelo romantismo da situação, elas vêm-se arrastadas pelo turbilhão de emoções e sinceridade que lhes são oferecidas por Juan Antonio, e que começa com um fim de semana, a três, em Oviedo.

 

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Ambas se sentem atraídas por Juan Antonio, mas Cristina adoece o que faz com que Vicky, ainda que contra a sua vontade, de início, passe a maior parte do fim de semana com Juan Antonio.

 

Juan Antonio vai ganhando a confiança de Vicky e, no final do fim de semana, o envolvimento entre ambos é completo. Cristina está completamente alheia a todos estes acontecimentos.

 

Logo após o romance de Oviedo, entra em campo a sobriedade metódica de Vicky, que a faz descer à terra e, dando continuidade ao seu plano de vida, decide que o seu romance espanhol não tinha futuro.

 

Cristina, sem saber de todas estas peripécias, começa um envolvimento intenso com Juan Antonio que culmina na sua mudança para a sua casa.

 

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A relação entre ambos é, no entanto, perturbada pela entrada inesperada em cena de Maria Elena (Penélope Cruz), a ex-mulher de Juan Antonio.

 

Esta relação a três vai-se adensando e, complica-se de tal modo que Cristina irá começar a questionar a sua escolha e se aquilo que a relação lhe proporciona é, na realidade, o que ela procura.

 

Ao mesmo tempo, Vicky casa com o seu noivo, numa boda rápida em Barcelona, sempre tentando deixar ao largo os seus sentimentos por Juan Antonio, algo que Doug nem desconfia.

 

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No final e com consequências diferentes para Vicky e para Cristina, elas conseguem descobrir o romance e o valor dos sentimentos mais intensos, o que tem resultados diferentes para Vicky e Cristina.

 

Esta história é o melhor exercício de escrita e realização de Woody Allen que o Sessão da Meia Noite viu nos últimos tempos. O argumento bem construído apresenta-nos duas mulheres modernas à descoberta dos seus sentimentos e dos seus anseios, na romântica Barcelona, que por si só é uma personagem do filme.

 

 

Rodeados pela beleza do Bairro Gótico, Sagrada Família, La Pedrera, Parque Guell, Hospital de Sant Pau, entre outros, vemos as personagens aprofundarem os seus sentimentos e descobrirem-se.

 

As representações são irrepreensíveis destacando-se Penélope Cruz (Óscar para melhor atriz secundária), Javier Bardem e Rebecca Hall.

 

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Percebe-se perfeitamente a quantidade dos prémios que este filme acumulou, numa diferença clara com outros títulos de Woody Allen sobre o tema das cidades.

 

Por vezes a melhor maneira de valorizar um filme é abordá-lo sem expectativas e ser surpreendido pela sua qualidade como aconteceu neste caso.

 

Recomendado, sem dúvida.

Ted 2

Este título era uma das primeiras referências da lista de filmes a ver do Sessão da Meia Noite. A expectativa à sua volta estava relacionada com o facto de se tratar de uma sequela, e o Sessão da Meia Noite tinha curiosidade em ver como esta história se iria desenvolver.

 

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Ted 2, 2015, de Seth MacFarlane, com Mark Wahlberg, Seth MacFarlane, Amanda Seyfried, Jessica Barth, John Slattery, Morgan Freeman.

 

O argumento de Ted 2 pega nos mesmos personagens de Ted, e tenta ser a continuação das suas histórias de vida, numa altura em que John Bennett (Mark Wahlberg) está separado de Lori (Mila Kunis não entra neste filme, como grande pena do Sessão da Meia Noite), e Ted está casado com Tami-Lynn (Jessica Barth).

 

Se Ted é um boneco de peluche com vida, porque não haveria de poder casar (??!!??!!).

 

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Quando Tami-Lynn sente o apelo da maternidade surge uma questão mais urgente que é o estatuto legal de Ted: pessoa ou propriedade.

 

Como é óbvio este assunto acaba por ser dirimido em tribunal com uma jovem e inexperiente advogada de defesa (Amanda Seyfried) e o melhor advogado de acusação possível (John Slattery), numa agenda escondida por parte da Hasbro (empresa que fabricava o boneco ted).

 

Ao longo de todo o filme vamos sendo bombardeados com o mesmo tipo de piadas do primeiro filme mas, desta vez muito denunciadas e pouco conseguidas.

 

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A narrativa parece toda ela uma colagem forçada de momentos de outros filmes ou géneros cinematográficos, que não fazem de todo um conjunto homogéneo.

 

O filme acaba por ser demasiado longo, arrastando-se através de uma multiplicidade de referências pseudo-cómicas sem consistência e, até por vezes de mau gosto.

 

Nota-se a falta de Mila Kunis como elemento agregador da história, função que Jessica Barth não consegue cumprir.

 

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A salvação acaba por aparecer na forma da jovem e inexperiente Samantha, a advogada de defesa (Amanda Seyfreid) que, com as suas qualidades de representação, consegue elevar a qualidade da narrativa, dando alguma credibilidade ao filme. Contudo, não é suficiente para uma redenção completa.

 

Seth MacFarlane devia ter-se ficado pelo primeiro filme que, sem ser brilhante, foi muito melhor que este. Apesar da sua enorme cultura e criatividade ainda não conseguiu acertar com os gostos do grande público.

 

 

Jackie & Ryan

Apesar das preferências fáceis de identificar no Sessão da Meia Noite, por vezes vemos alguns filmes que não nos dizem grande coisa à priori, mas que nos conseguem surpreender.

 

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Jackie & Ryan, 2014, de Ami Canaan Mann, com Katherine Heigl, Clea DuVall, Ben Barnes, Sheryl Lee, Emily Alyn Lind.

 

Este drama sobre personalidades diferentes e opostas, conta a história de duas pessoas cujos percursos de vida se intersetam de um modo que irá afetar as suas vidas permanentemente, utilizando como leitmotiv uma paixão comum – a música.

 

Ryan (Ben Barnes) é um “wanderer” moderno (em português seria vagabundo mas o significado perde-se na tradução), que vive de tocar a sua música na rua, circulando entre cidades e casas de amigos, com o sonho de, um dia, conseguir gravar a sua música.

 

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Jackie (Katherine Heigl) é uma cantora que, em tempos teve muito sucesso, mas que desistiu da sua carreira, por casamento ou maternidade (o argumento não especifica a razão), e agora se encontra numa situação difícil de separação, com o divórcio à vista.

 

Neste período complicado da sua vida, Jackie está de volta à sua terra natal de Ogden no Utah, para casa da sua mãe Miriam (Sheryl Lee – a eterna Laura Palmer de Twin Peaks). A casa tem uma vista extraordinária e melancólica que propicia à introspeção.

 

Coincidências ou infortúnios da vida conduziram os personagens principais a se encontrarem e a criarem rapidamente laços devido às suas histórias dramáticas e o gosto pela música.

 

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Ryan vai ajudando Jackie a melhorar a sua auto-estima, relembrando-a das coisas boas que existem à sua volta e aquelas por que vale a pena lutar.

 

Por sua vez, Jackie incentiva Ryan a prosseguir os seus sonhos musicais, valorizando o seu trabalho, e as suas qualidades como pessoa.

 

O cenário da terra natal de Jackie, numa paisagem invernosa, carregada de lembranças, vai contribuir para que esta se sinta ainda mais indecisa sobre o que fazer no futuro.

 

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No entanto, Ryan acaba por dar o empurrão definitivo que faz Jackie ver com clareza o que é importante para o seu futuro.

 

 

No fundo, ambas as personagens acabam por desempenhar um papel semelhante na vida um do outro.

 

Normalmente, quando vemos que um dos personagens do filme é Katherine Heigl, pensamos logo que se trata de uma comédia/romance ligeira e com pouca substância.

 

Contudo, a realizadora conseguiu passar por cima das personagens tipo a que nos habituamos a ver a protagonista desempenhar, e dar-lhe um papel de uma mulher real, com sentimentos, incertezas e dúvidas. A sua performance é muito boa assim como a de Ben Barnes.

 

O mais interessante deste filme é a mensagem que este nos transmite e que nos faz pensar que “cada pessoa entra na nossa vida por um motivo e com um objetivo e, quando ele está cumprido, essa pessoa segue o seu caminho.”

 

 

A mensagem em si, e o modo como ela é transmitida são motivos mais que suficientes para ver o filme que na nossa opinião não é nenhuma perda de tempo.

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