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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

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Joyride - Não Brinques com Estranhos

Por vezes o Sessão da Meia Noite procura alguns filmes específicos, na busca de trabalhos de um realizador ou ator em particular.

 

Assim, procurando por trabalhos menos conhecidos do ator Paul Walker de Fast & Furious encontrámos o quase desconhecido “Não Brinques com Estranhos”.

 

Joy_Ride_Poster.jpg

Joyride – Não Brinques com Estranhos, 2001, de John Dahl, com Steve Zahn, Paul Walker, Leelee Sobieski, Jessica Bowman, Matthew Kimbrough.

 

Este filme é uma pérola desconhecida do público em geral. Essencialmente é um roadmovie, onde Lewis – Paul Walker, viaja de carro através da América, Chrisler Newport de 1971, desde Boulder, California, até ao este dos Estados Unidos, para passar as férias em casa da mãe.

 

 

No caminho planeia passar por Salt Lake City para dar boleira à sua amiga Venna – Leelee Sobieski, que ele espera que venha a ser mais do que só amiga.

 

Contudo, antes de chegar a Salt Lake City, Lewis tem uma paragem imprevista. A sua consciência força-o a fazer uma paragem inesperada para ir buscar o seu irmão mais velho, Fuller – Steve Zahn, à cadeia.

 

 

No caminho Fuller convence Lewis a comprar um rádio CB “Citizen Band Radio” (uma forma pré-histórica de internet) e com ele ambos vão-se divertindo com os camionistas na estrada.

 

No entanto, vamos percebendo que Fuller é um íman de problemas e pensa que consegue sempre safar-se das situações ileso, despreocupadamente, sacudindo sempre as suas responsabilidades.

 

No meio destas brincadeiras, os irmãos acabam por marcar um encontro com um camionista – Rusty Nail, num quarto de motel, fazendo-se passar por uma mulher – Candy Cane. Mas como o encontro era fictício, quando Rusty chega ao local e lá encontra um homem que não sabia de nada da história.

 

 

Percebemos assim que Rusty, um solitário lobo da estrada com falta de sensibilidade e à procura de amor, não gosta de brincadeiras e, após um desfecho bastante traumático no quarto de motel, inicia uma procura desenfreada pelos causadores da brincadeira.

 

Num exercício muito bom de thriller e suspense, vemo-nos a temer pela vida dos irmãos e, mais tarde de Venna, que também se vê arrastada para a vingança de Rusty.

 

O suspense é tanto maior porque o realizador nunca nos deixa ver a cara de Rusty, somente conhecemos a sua imponente figura, a sua voz assustadora e o seu enorme camião.

 

 

O filme é assim baseado em diferentes cenas de ação de alta tensão, onde Rusty persegue os irmãos através das estradas secundárias da América rural.

 

A realização de John Dahl é bastante competente, com um argumento bem construído, composto de personagens credíveis, numa história tipicamente americana de adolescência inconsequente e imatura.

 

Joyride acaba por ser um thriller puro, de primeira classe, e uma agradável surpresa um exercício de visionamento que começou com expectativas baixas. É um filme onde podemos ser assustados (algumas publicações classificam-no como sendo de terror) e ao mesmo tempo desfrutar de um humor bem construído sem que toda a história descambe para o ridículo.

 

A ver com toda a certeza!!!!!