Viver e Morrer em Los Angeles
Numa viagem nostálgica pelo cinema de ação, o Sessão da Meia Noite vai hoje comentar um filme da melhor década do século XX – os fabulosos anos 80.
To Live and Die in L.A. – Viver e Morrer em Los Angeles, 1985, de William Friedkin, com William L. Petersen, Willem Dafoe, John Pankow, Debra Feuer, Dean Stockwell.
Este filme é um bom exemplo de um tema que foi muito explorado na década de 80 do século XX pelos grandes estúdios de Hollywood e com bastante sucesso: crime e ação.
Baseado num romance de Gerald Petievich, adaptado para o cinema pelo realizador William Friedkin, o argumento remete-nos para o universo policial de Los Angeles. Neste submundo violento uma equipa de detetives do Serviço Secreto persegue um criminoso notório Eric Masters (Willem Dafoe), pelos crimes de produção e tráfico de dinheiro falso e, mais tarde, assassínio.
Como é normal neste tipo de filmes, um dos detetives da equipa de investigação – Richard Chance (interpretado por William L. Petersen) tem um rancor antigo para com Masters, uma vez que este assassinou o seu antigo parceiro.
O argumento navega pelos procedimentos policiais dos Serviços Secretos e atravessa o atropelo pelas regras de conduta em nome da justiça (ou será mais qualquer coisa…), num filme carregado de muito boas sequências de ação, perseguições a alta velocidade e interpretações dignas de referência.
William L. Petersen, agora popularizado pelo papel de Gil Grissom em C.S.I., desenvolve a sua personagem muito livremente tendo como resultado um detetive que procura emoções fortes, por vezes até radicais, muito versátil fisicamente, destemido e algo irresponsável, com o sentido de justiça toldado pela vingança.
O tema Crime e Ação tem sido muito explorado pelas empresas de produção, e alguns exemplos disso são a saga de “O Caça-Polícias” com Eddie Murphy e “Os Reis da Rua” com Keanu Reeves, já comentado aqui no Sessão da Meia Noite.
Este é um filme que merece o tempo despendido pelas interpretações e pelas cenas de ação, fortalecido pelo facto de William Friedkin ter já provas dadas da sua qualidade, pela realização do muito bom (e até oscarizado) filme “Os Incorruptíveis Contra a Droga” de 1971 com Gene Hackman.