SPECTRE: James Bond by Sam Mendes 2
Para quem me conhece, não existiriam dúvidas relativamente ao primeiro filme sobre o qual iria apresentar a minha opinião.
SPECTRE, 2015, de Sam Mendes, com Daniel Craig, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Monica Bellucci, Ralph Fiennes, Dave Bautista, etc.
SPECTRE, a mais recente aventura do eterno espião James Bond, teve lançamento nacional a 5 de novembro de 2015, é o resultado do desenvolvimento que o universo Bondiano teve desde SKYFALL em 2012, numa saga que já tem 24 títulos ofíciais, além dos não oficiais, mas isso será assunto para o futuro.
O argumento de Neil Purvis e companhia para SPECTRE tem mais uma vez James Bond no centro da história, mais precisamente o seu passado e as ligações com alguns acontecimentos da sua juventude. Sam Mendes foi convencido a realizar o seu segundo Bond, atraído pelo argumento e pela liberdade de direção permitida pelos produtores Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, e o resultado é mais uma vez excelente.
Este filme é o primeiro desta saga onde se podem observar diversas ligações explícitas com os filmes anteriores, interpretados por Daniel Craig, nomeadamente as ligações com a misteriosa organização Quantum of Solace, a trama relacionada com Vesper Lynd, o Mr. White – interpretado pelo actor Jesper Christensen que faz aqui a sua terceira aparição no mesmo papel, entre outras.
Também retorna o supervilão Blofeld, numa excelente interpretação do oscarizado Christoph Waltz, secundado na perfidia maligna pelo Mr. Hinx – Dave Bautista, que mais uma vez evidencia que ser lutador de Wrestling não é sinónimo de falta de talento.
O líder da super-organização do crime, já anteriormente interpretado por Donald Pleasence, Telly Savalas, Charles Gray e Max von Sydow, tem um objetivo, que se revela ser leitmotif da história, que é a destruição do nosso herói através da eliminação de toda a afetividade e felicidade da sua vida, numa ação prepositada de destruiçao psicológica.
Tecnicamente o filme não revela qualquer falha de relevo, apresentado no écran a mestria dos profissionais da equipa “James Bond” que os produtores tem conseguido manter mais ou menos uniforme ao longo dos últimos filmes.
O argumento é muito bom, bem ao nível dos últimos filmes. Contudo, analisando o desenvolvimento das histórias no tempo de Daniel Craig, eu prefiro Casino Royale e Skyfall.
Como curiosidade este titulo não faz parte de qualquer das novelas escritas por Ian Fleming – o criador de James Bond, o que faz com que ainda existam 4 titulos não transformados em filme: "The Property of a Lady", "The Hildebrand Rarity", "Risico" e "007 in New York".
Como habitualmente temos o génio do mal e a os seus capangas, os brinquedos do agente secreto em que o Aston Martin DB10 é a cereja no topo do bolo, as perseguições com carros, aviões, motas e até a pé.
As Bond Girls merecem uma referência pela mestria demostrada nos papéis atribuidos. É uma pena a Monica Bellucci ter um papel tão pequeno mas mesmo assim tem uma presença notavél. Léa Seydoux, faz perfeitamente o salto dos pequenos filmes para um grande blockbuster, ficando até no ar a possibilidade de uma segunda participação.
Como conclusão digo que este filme não deixa os créditos por mãos alheias sendo um James Bond muito bom mesmo. Para mim está um pouco abaixo do SKYFALL mas também SKYFALL é dos melhores de toda a saga. Fica essa opinião para outra altura.
Eu vi o filme na semana de estreia no cinema IMAX do Colombo e assim tive a oportunidade de experienciar um grande filme de ação num excelente momento de cinema.
Vejam o James Bond sem preconceitos e digam-me se não se divertem. O cinema também é isso.