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Sessão da Meia Noite

Comentários pessoais e (in)transmissíveis sobre cinema e televisão.

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1922

Por causa de um desafio, retornamos a um estilo de filmes do qual não somos realmente fãs: filmes de terror, desta vez na forma de uma recente adaptação de uma obra de Stephen King sob a responsabilidade da Netflix: 1922.

 

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1922, 2017, de Zak Hilditch, com Thomas Jane, Molly Parker, Dylan Schmid, Kaitlyn Bernard, Neal McDonough, Tanya Champoux, Brian D'Arcy James, Bob Fraser.

 

O argumento da história é simples e centrado numa família de agricultores que vive na sua quinta no meio do estado do Nebraska.

 

Wilfred "Wilf" James (Thomas Jane) e Arlette James (Molly Parker) são os patriarcas e Henry James (Dylan Schmid) o filho que, além da escola, ajuda o pai na quinta.

 

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Um contexto aparentemente simples e prosaico mas, desde logo se percebe que as pretensões de Arlette não passam por continuar a viver no campo e, com uma herança a caminho, Arlete só pensa em vender a quinta e mudar-se para uma cidade grande, e abrir uma loja de roupa.

 

Mas Wilf adora a sua vida no campo, e não se consegue ver a viver na cidade.

 

Como Wilf diz várias vezes, dentro de cada um de nós existe outra pessoa, mais egoísta e narcisista, que não costumamos deixar sair mas, com a perspetiva de ir viver para a cidade, Wilf dá rédea solta ao esse seu lado mais sombrio.

 

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Potenciando o seu lado soturno, Wilf convence Dylan que o melhor que têm a fazer para continuarem no local e a fazerem aquilo que tanto gostam, é matar Molly, o que acabam por concretizar.

 

Obviamente que este ato horrendo e terrivelmente egoísta, vai ter consequências inesperadas, frustrando os objetivos de Wilf de tal modo que o levam a uma perda muito maior que alguma vez tinha concebido.

 

Esta adaptação de mais um obra de Stephen King é interessante e consegue tornar os solarengos campos de milho do Nebraska numa área sombria e pesada, carregada de sentimentos negativos.

 

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Com um elenco reduzido e a ação altamente centrada em Wilf, o filme foca-se sobretudo nas alterações sofridas por Wilf, quer físicas quer psicológicas, que se traduzem em alucinações e alterações comportamentais.

 

Thomas Jane tem um desempenho muito bom, credibilizando a sua personagem e suportando toda a narrativa.

 

Este filme não é tão atrativo como outras adaptações da obra de Stephen King como The Shining (1980), Christine (1983) ou Mysery (1990) mas não deixa de ser interessante, especialmente para os verdadeiros apreciadores do género.

 

Classificação SMN: 6/10.

 

 

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